A educação formal e as atitudes dos enfermeiros em relação ao álcool e o alcoolismo em uma amostra brasileira

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: Os enfermeiros constituem um dos maiores grupos de profissionais de saúde que compartilham a responsabilidade pela assistência de enfermagem prestada aos pacientes de modo geral, incluindo-se os usuários de substâncias psicoativas. O objetivo foi avaliar os conteúdos teóricos e práticos adquiridos na graduação e pós-graduação pelos enfermeiros e suas percepções sobre os alcoolistas. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, realizado na Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM) e Hospital São Paulo. METODOS: A amostra foi composta por enfermeiros, estudantes e docentes de enfermagem. O instrumento para a coleta de dados foi composto por informações sócio-demográficas; Escala de Atitudes e Crenças dos Enfermeiros e um questionário para identificar os conteúdos sobre o uso do álcool e conseqüências durante a formação educacional. RESULTADOS: 86% (n = 319) sujeitos participaram do estudo (59,7% enfermeiros assistenciais, 22,7% docentes de enfermagem e 17,6% estudantes de enfermagem). 70% dos participantes receberam poucas ou nenhuma informação a respeito dos problemas orgânicos, familiares e sociais relacionados ao álcool; 87% receberam pouca ou nenhuma informação sobre as populações de risco ou específicas e 95% receberam pouca ou nenhuma informação referente às intervenções de enfermagem aos pacientes alcoolistas. CONCLUSÃO: A educação formal sobre o uso do álcool e suas conseqüências apresenta limitações, principalmente no âmbito da assistência, em oferecer cuidados adequados e nos manejos dos pacientes com problemas ou dependentes de álcool.

ASSUNTO(S)

atitudes enfermeiros enfermagem Álcool educação

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