A mulher jovem nas ruas : seus mecanismos de resistência, suas construções socioculturais e o papel da EMEF Porto Alegre como território de assistência, referência e emancipação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O conceito de cidadania não é vivenciado da mesma forma nos diferentes grupos sociais. Quando analisamos as diferentes formas de violação de direitos, percebemos diversos processos de exclusão e deslegitimação dos sujeitos. A sociedade capitalista estratifica e marginaliza, várias categorias sociais referendadas como inferiores. Cria através desta distinção inúmeros mecanismos de violência simbólica e material. A partir desta percepção, o presente trabalho tem o intuito de compreender as construções socioculturais que levarem uma mulher jovem negra a migrar para as ruas de Porto Alegre, e fazer deste território seu espaço de interação social e de moradia. Através da análise dos mecanismos de resistência estabelecidos por ela e sua cotidiana vivência de processos de violação de direitos, reflito a partir de sua história de vida e de suas falas, qual a concepção de mundo que a permeia. A partir destes elementos, estabeleço uma reflexão sobre seu processo de apropriação de conhecimentos desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre – EPA. Realizo uma análise da escola, enquanto espaço de acolhimento, socialização e construção de conhecimentos, e constituo uma apreciação do olhar da educanda sobre este espaço, através de uma interface entre a concepção de educação defendida pela escola e da percepção da educanda sobre o território escolar.

ASSUNTO(S)

mulher morador de rua gênero negros

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