A PERSPECTIVA DISCENTE DO FRAME AULA
AUTOR(ES)
Fernanda Raquel Oliveira Lima
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
A presente pesquisa integra o macro-projeto Práticas de oralidade e cidadania (CNPq e FAPEMIG), coordenado pela professora doutora Neusa Salim Miranda (PPG Lingüística - UFJF). O projeto tem por objetivo geral a investigação da crise das práticas da oralidade em instâncias públicas da sociedade contemporânea e seu rebatimento na educação Lingüística na escola brasileira. Dentro dessa meta investigativa, o presente estudo elege como objeto a sala de aula. Buscamos no discurso dos alunos a forma como concebem o frame Aula, como descrevem a prática dos dois principais atores da cena, aluno e professor, e como delineiam a aula ideal. A pesquisa se apresenta como um estudo de caso que tem, como cenário investigativo, vinte e uma escolas da rede pública municipal de ensino de Juiz de Fora - MG, tomando os alunos do 6 e 9 ano do ensino fundamental como nossos sujeitos. Procedimentos mistos, quantitativos e qualitativos, são utilizados na abordagem analítica dos dados. O aporte analítico central advém das Ciências Cognitivas, em especial dos estudos da Lingüística Cognitiva acerca dos processos de conceptualização e categorização (LAKOFF e JOHNSON, 1999; LAKOFF, 1987; FAUCONNIER e TURNER, 2002; CROFT, W. e CRUSE, 2004; FILLMORE, 1977, 1979, 1982; SOLOMÃO, 1999, 2006; MIRANDA, 2002, dentre outros) e das teses desenvolvidas por Tomasello (1999) acerca da origem cultural da cognição humana. A semântica de frame nos termos desenvolvidos por Fillmore (1977, 1979, 1982) e, em especial, seu projeto lexicográfico FrameNet (www.framenet.icsi.berkeley.edu) fornecem a principal categoria analítica o conceito de frame usada na busca do desvelamento da concepção de Aula, da descrição das práticas cotidianas e da idealização da cena promovidas pelos alunos investigados. Os resultados analíticos evidenciam a não naturalização dos conflitos em sala de aula e a preservação do papel simbólico dessa cena como um meio de conquista de emancipação pessoal, como um espaço institucional destinado a contribuir com nossa herança de saberes e valores. O discurso enunciado pelos alunos clama, de forma vigorosa, por uma regulação dos padrões interacionais e das práticas lingüísticas em sala de aula. Tais achados sugerem uma necessária equação entre a educação Lingüística e a educação de valores como forma de enfrentamento da crise da sala de aula
ASSUNTO(S)
educação de valores educação lingüística linguistica lingüística cognitiva educação da oralidade education of values linguistics education orality education class frame
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufjf.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=720Documentos Relacionados
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