Análise da magnitude da influência climática de um remanescente de mata atlântica sobre o seu entorno urbanizado em clima quente-úmido
AUTOR(ES)
Rafael Ponce de Leon Amorim
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
26/09/2011
RESUMO
A qualidade ambiental do espaço urbano é determinada pela interação entre os elementos naturais e as transformações artificiais produzidas pelo homem na adaptação do meio às suas necessidades físicas, sociais e econômicas. Neste contexto, insere-se o clima urbano, fruto da relação dialógica entre a morfologia da cidade, as atividades humanas e os diversos fatores climáticos locais e globais. Por sua vez, a alteração climática no espaço urbano ocasiona diversos malefícios para grande parte das cidades ao intensificar os rigores climáticos locais. Neste sentido, o estudo do espaço urbano e, em especial, as pesquisas sobre climatologia urbana, tornam-se fundamentais para a busca da qualidade ambiental, assim como para o alcance da eficiência energética urbana. Na cidade, o uso de vegetação configura-se em uma importante estratégia para amenização climática local, porém, ainda é desconhecido o potencial dessa contribuição, necessitando-se de estudos que avaliem as melhores formas de sua aplicação, de acordo com a morfologia do espaço verde e do espaço urbano e as características climáticas locais. O presente estudo analisou o alcance e magnitude da influência da Mata do Buraquinho, em João Pessoa/ PB, nas características climáticas do seu entorno ao monitorar a temperatura e umidade do ar nos períodos de inverno e verão, em três transectos dispostos a sotavento da mata, totalizando treze pontos de coleta, sendo um deles localizado em seu interior. Observou-se que entre os pontos analisados, no período de verão, as temperaturas médias do ar foram em geral 3C superiores as de inverno e a umidade relativa do ar 15% inferior. As diferenças de temperatura entre pontos com maior e menor temperatura foram semelhantes nos dois períodos, observando-se a maior divergência às 13h, sendo 3C no inverno e 2,8C no verão. Constatou-se também, que as menores temperaturas foram obtidas nos pontos localizados na borda da mata, enquanto as maiores temperaturas foram encontradas nos pontos mais afastados, porém não foi possível identificar uma tendência linear de aumento de temperatura relacionada ao aumento do distanciamento da mata.
ASSUNTO(S)
clima urbano Áreas verdes amenização climática engenharias urban climate green areas climate mitigation
ACESSO AO ARTIGO
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