Análise do efeito da agricultura irrigada e das concentrações urbanas nas chuvas intensas: estudo de caso da bacia do rio do Rio Paracatu - MG

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O presente trabalho estuda e relaciona as mudanças nas curvas de chuvas intensas na bacia do rio Paracatu-MG em função de sua ocupação urbana e agropecuária. Relacionou as curvas de chuvas intensas para cada estação escolhida e a mudança na cobertura vegetal existente. De posse dos dados de chuvas diárias disponíveis, regionalizamos os dados segundo o estabelecido por Jaime Taborga. Ou seja, utilizamos o conceito de Isozonas de Taborga. Dividimos a bacia do rio Paracatu em 3 isozonas: A, B e, C e D de acordo com as definidas pelo referido autor. Também traçamos, como análise, os dados das estações utilizadas pela sua média aritmética geral. Desta maneira foram produzidos quatro gráficos: 3 de isozonas e um de média dos 16 postos adotados na bacia. Usamos esse mesmo autor e os métodos por ele indicados e transformamos a chuva de 1 dia em chuva de 24 horas. De 24 horas, em chuva de 1 hora e, de chuva de 24 horas em chuva de 6 minutos. Assim fizemos para diversos tempos de recorrência (5 anos, 10, 25, 50 e 100 anos). Recorremos à desagregação com índices de Taborga por reconhecê-lo mais apropriado dado à sua regionalização já estabelecida. Preterimos outros como CETESB, Lobo-Magni, Denver, etc. por entendermos tratarem-se de relações localmente específicas e muito distantes geograficamente da nossa área de estudo. Usamos como opção estatística a Distribuição de Gumbel. Desta maneira, plotamos graficamente os dados de 16 estações, escolhidas como representativas da bacia, tanto geral como por isozona, além de média geral. Isto fizemos para Intervalo de Confiança de 95% e 90% (em Anexos). Posteriormente, foram elaboradas tabelas e traçadas algumas curvas de Normais Climatológicas das 16 estações pluviométricas da bacia utilizadas no estudo. (Usamos as Normais Climatológicas existentes no Brasil e aceitas pela OMM Organização Mundial de Meteorologia 1931 a 1960 e 1961 a 1990). Isto para diversos meteoros, assim, comparando-nas com o grau observável imediato de uso da terra para agricultura, principalmente irrigada, áreas de concentrações urbanas, mineração e outras atividades típicas do ser humano e dos nossos tempos. Nossa conclusão foi da relação apreciável e significativa entre as mudanças pluviométricas intensas observadas e mudanças na cobertura vegetal implementadas. Esperamos que este nosso trabalho possa servir de ponto de partida para estudos, análises e projetos de Gestão Ambiental que o Brasil pretende, para o zoneamento econômico-ecológico que se busca, para outras visões e enfoques no sistema de outorga de uso e consumo de água e nova legislação acerca da área mínima de reserva legal das propriedades. Compreendemos que nosso trabalho não é solução, é ponto de partida.

ASSUNTO(S)

águas na agricultura chuvas hidrologia outros clima minas gerais outros irrigação agrícola

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