AnÃlise ultraestrutural da interaÃÃo da lipoproteÃna de baixa densidade (LDL) humana com o tegumento do Schistosoma mansoni e identificaÃÃo da proteÃna ligante de LDL

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A esquistossomose mansÃnica à uma doenÃa endÃmica em vÃrias partes das AmÃrica e da Ãfrica, causada pelo Schistosoma mansoni. Segundo dados da OrganizaÃÃo Mundial de SaÃde existem entre 200 e 300 milhÃes de pessoas infectadas no mundo e aproximadamente 1 bilhÃo sob risco. O verme adulto do Schistosoma mansoni adquiriu uma habilidade peculiar para escapar do ataque do sistema imune do hospedeiro. Muitos mecanismos tÃm sido propostos para explicar a sobrevivÃncia do parasita, um deles à a aquisiÃÃo de lipoproteÃnas plasmÃticas. O que chama a atenÃÃo para as lipoproteÃnas nestes mecanismos à o fato de os esquistossÃmulos nÃo sintetizarem nem colesterol, nem Ãcidos graxos de cadeia longa, entretanto, estes compostos estÃo presentes nas suas estruturas. Provavelmente, eles adquirem do hospedeiro atravÃs da interaÃÃo do tegumento do verme com as lipoproteÃnas no sangue do animal infectado. Neste trabalho, microscopia eletrÃnica de varredura, eletroforese 2-D e âimmunoblottingâ foram utilizadas como ferramentas para estudar a interaÃÃo da lipoproteÃna de baixa densidade (LDL) com o tegumento do Schistosoma mansoni e identificar a proteÃna ligante de LDL. Depois de 50 dias de infecÃÃo (100 cercÃrias, cepa SÃo LourenÃo da Mata - SLM), camundongos albinos (Mus musculus) foram sacrificados e os vermes adultos retirados, os quais foram separados para incubaÃÃo com LDL para a microscopia eletrÃnica de varredura e preparaÃÃo do extrato para identificaÃÃo da proteÃna ligante de LDL. Os vermes foram lavados e incubados em meio de cultura RPMI 1640 + 10% (v/v) de soro deficiente de lipoproteÃna (LPDS), contendo 40 μg de LDL/mL durante 30, 60, 120 min. Vermes controles foram processados da mesma forma sem LDL. O extrato de proteÃnas foi obtido e 200 μg de proteÃnas foram aplicadas em fitas gradiente de pH imobilizado (IPG strip), 7 cm, pH=3-10, seguidos de focalizaÃÃo isoelÃtrica no sistema Multiphor II (GE Healthcare) e SDS-PAGE. ProteÃnas foram transferidas para membranas de PDVF, e bloqueadas com caseÃna 3%. Subsequentemente, incubaÃÃes foram feitas com soro humano, anticorpo policlonal anti-LDL (chicken) e conjugado peroxidase anti-chicken (IgG). A membrana foi revelada com substrato TMB e duas bandas foram identificadas apresentando pesos moleculares e pontos isoelÃtricos (pI) de 55.5 kDa e pI 5.12 e de 28.5 kDa e pI 7.17, respectivamente. Os resultados da microscopia eletrÃnica de varredura demonstraram uma maior interaÃÃo de partÃculas de LDL com a regiÃo dorsal mediana do parasita, em relaÃÃo à outras regiÃes do tegumento. Agregados lipoprotÃicos foram observados nas incubaÃÃes de 30 e 60 min, sendo verificado uma diminuiÃÃo na incubaÃÃo de 120 min. O tamanho das partÃculas de LDL diminuiu com o tempo de incubaÃÃo, esses resultados sugerem que a reduÃÃo do tamanho das partÃculas pode ser devido ao uso dos lipÃdeos das lipoproteÃnas pelo verme. ConcluÃmos que a identificaÃÃo da proteÃna ligante poderà ajudar novos projetos terapÃuticos, levando a um bloqueio da interaÃÃo LDL/parasita e consequentemente a morte dos vermes

ASSUNTO(S)

schistosoma microscopia lipoproteins bioquimica interaÃÃo com ldl lipoproteÃnas schistosoma interaction of ldl schistosoma mansoni schistosoma mansoni

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