Aplicação de funções de distância para o cálculo de índices de bem-estar e evolução do índice de desenvolvimento humano (IDH) para os estados brasileiros

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A discussão sobre bem-estar envolve duas questões fundamentais não resolvidas. A primeira relativa à conceituação do fenômeno e a segunda referente à construção de medidas que descrevam a sua evolução. Este trabalho, além de discutir as perspectivas teóricas segundo as quais o bem-estar possa ser descrito como fenômeno multidimensional, avalia as restrições metodológicas de agregação dos indicadores considerando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como medida de referência. Em particular, o trabalho discute as contribuições informacionais derivadas da aplicação de funções de distância para o cálculo da obtenção relativa de bem-estar. Em geral, a proposição do calculo de índices de bem-estar pela aplicação de funções de distância e, portanto pela consideração de pesos endógenos atribuídos aos indicadores, além de gerar resultados de ordenação dos estados que corroboram as observações dos valores médios dos indicadores do IDH, apresenta-se como um bom indicativo de eficiência relativa dos estados na obtenção de bem-estar nos anos de 1970, 1980, 1991 e 2000 anos de observação do censo brasileiro realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais ainda, a definição de funções de distância contribui para análise de evolução intertemporal de obtenção de bem-estar por meio da aplicação de Índices de Mamlquist, agregando a possibilidade de decomposição dos resultados entre dois efeitos distintos: eficiência relativa do estado na obtenção de bem-estar; e avanços da capacidade de obtenção do bem-estar observados para o conjunto de referência. De acordo com os resultados, os ganhos de bem-estar observados no período amostral são predominantemente explicados por melhorias nas condições gerias para a obtenção de bem-estar e não pela melhoria da eficiência relativa dos estados. Esta aplicação lida diretamente com problemas metodológicos reconhecidos na literatura para a construção de índices compostos. A saber: arbitrariedade dos pesos para a agregação de indicadores e dificuldade de avaliação intertemporal.

ASSUNTO(S)

bem-estar social; instituto brasileiro de geografia e estatística bem-estar. Índice de desenvolvimento humano (idh). análise envoltória de dados (dea) economia do bem-estar social well-being human development index (hdi) data envelopment analysis (dea)

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