As (arqueo)genealogias perversas no cinema de Pedro Almodóvar
AUTOR(ES)
Renata Farias de Felippe
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Os conceitos de arqueologia e de genealogia desenvolvidos por Michel Foucault são referenciais e elementos dinamizadores da análise em questão, voltada às possíveis articulações entre o cinema de Pedro Almodóvar e as suas textualidades fundadoras # o melodrama cinematográfico, o cinema clássico hollywoodiano, a filmografia de Luís Buñuel, a trilogia materna de Garcia Lorca #, ligações permeadas pela subversão e pela perversidade. Na filmografia do diretor/autor, o caráter transgressivo vai além da inversão e do deslocamento, fazendo-se presente também através de ausências inquietantes. O silenciamento das vozes que representam o poder patriarcal, em Almodóvar, revela uma perturbadora ausência. No entanto, sob a superfície de suas conhecidas #cores#, sob a efusividade de suas personagens, sob o complexo emaranhado de suas tramas, podemos entrever os #fantasmas#, as #sombras# que permeiam a história e a cultura espanholas. A ênfase na temática do desejo, do hedonismo, da maternidade; a insistente representação dos laços de solidariedade estabelecidos entre mulheres, entre mães e filhos/as, podem ser vistas como estratégias discursivas que abafam as vozes pretéritas opressoras e as suas ruínas.
ASSUNTO(S)
literatura almodóvar, pedro genealogia linguistica, letras e artes arqueologia cinema e literatura melodrama no cinema
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