Aspectos cronobiologicos do ciclo vigilia-sono e niveis de ansiedade dos enfermeiros nos diferentes turnos de trabalho

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivos: identificar os cronótipos dos enfermeiros que trabalham em diferentes turnos, estudar os padrões de sono através das variáveis horários de deitar, dormir e acordar, tempo de latência do sono, quantidade de sono diurno e noturno, qualidade do sono diurno e noturno e sensação ao acordar após o sono diurno e noturno, maneiras de acordar, hábitos de cochilo e comparação do sono atual com o habitual. Identificar, também, quanto aos níveis de ansiedade estado-traço e correlacionar os cronótipos com as variáveis ansiedade-traço e ansiedade-estado. Foi realizada na cidade de Campinas, São Paulo, no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC-UNICAMP). Participaram, voluntariamente, 40 enfermeiros sadios, com idade entre 25 e 57 anos, de ambos os sexos. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram: ficha para caracterização da população, questionário de identificação de indivíduos matutinos e vespertinos de HORNE &OSTBERG (1976), inventário de ansiedade traço e estado (IDATE), formulário de avaliação do ciclo vigília-sono. Os resultados mostraram que os turnos são homogêneos em relação à idade, não havendo diferença significativa para a idade, tempo de serviço e tempo de formado, embora haja uma tendência do turno matutino ter profissionais com menos anos de serviço. Quanto à hora de acordar, houve diferença significativa do horário, dependente do turno. Os enfermeiros do turno da manhã acordam mais cedo do que os demais (Teste de Kruskal-Wallis: p=0,0001). Para a ansiedade-estado, a freqüência de enfermeiros dos turnos matutino, vespertino e noturno se encontra no nível II (moderado) de ansiedade. Para a ansiedade-traço, a maior freqüência de enfermeiros do turno matutino e vespertino insere-se no nível II (moderado) de ansiedade e os enfermeiros do turno noturno encontram-se no nível I (baixo). As correlações com o crónotipo do grupo vespertino e noturno mostram que o tipo indiferente apresentou freqüência maior para essa característica individual. Conclusão: observou-se que os mais jovens estão na faixa etária de 25 anos, a maioria é do sexo feminino, solteiro, sem filhos e não usa medicamentos para dormir, trabalha no turno matutino, são os mais jovens e também com menor tempo de serviço e de formados. Os do grupo do turno noturno são de faixa etária maior com maior tempo de serviço e de formação profissional. Identificou-se os cronótipos e estes estão de acordo com as suas preferências individuais, conforme o horário de trabalho desenvolvido. Os padrões de sono e suas características próprias, possibilitaram o reconhecimento de efeitos específicos dos turnos sobre os hábitos de sono dos enfermeiros e a sua influência em relação aos níveis de ansiedade

ASSUNTO(S)

ansiedade - enfermagem fisiologia relogios - aspectos biologicos mobilidade de pessoal

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