Aspectos estruturais e processuais da vigilância do crescimento de menores de cinco anos em serviços públicos de saúde do Estado de Pernambuco

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-03

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar aspectos estruturais e processuais da vigilância do crescimento em 120 unidades públicas de saúde de Pernambuco. MÉTODO: O estudo foi do tipo transversal, baseado na pesquisa "Atenção à Saúde Materno-Infantil do Estado de Pernambuco", com uma amostra de 1.669 crianças menores de cinco anos, representativa para o Estado (Região Metropolitana do Recife - RMR e Interior). O processamento e a análise dos dados foram realizados no Epi-info 6.02. Utilizou-se o qui-quadrado de Pearson, com correção de Yates, para as tabelas binárias. RESULTADOS: Os serviços de saúde dispunham em 97,1%, na RMR, de cartão para registro de dados do crescimento, proporção que cai significativamente (80,4%) no Interior (p<0,01). A existência de balanças pediátricas para pesagem de menores de 2 anos foi notificada em quase 90% das unidades da RMR e em 76,5% no Interior. Em relação à existência de normas e fichas para o acompanhamento do crescimento, as respostas positivas no Estado caíram significantemente para 23,3% e 18%, respectivamente. Em 54,1%, as crianças foram pesadas e 16,2% medidas (comprimento em estatura). Os acompanhantes das crianças receberam informações sobre o crescimento de suas crianças em 18,2% da amostra. Nos atendimentos, os profissionais da RMR solicitam mais o cartão que aqueles do Interior. Das crianças que apresentaram o cartão, 38% possuíam nenhum ou apenas um ponto de registro de peso. CONCLUSÃO: Os achados indicam que, apesar dos recursos estruturais, os serviços de saúde de Pernambuco apresentam um desempenho grosseiramente deficiente no que se refere ao cumprimento de um processo efetivo e eficaz de vigilância ao crescimento de menores de cinco anos.

ASSUNTO(S)

avaliação dos serviços crescimento vigilância nutricional

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