Associação da resistência a glicocorticóides com resistência a múltiplas drogas na artrite reumatóide

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A artrite reumatóide (AR) é uma doença auto-imune associada com inflamação sinovial crônica caracterizada por infiltração de linfócitos que danifica ossos e cartilagens e eventualmente conduzindo para a destruição das articulações. Ambos o envelhecimento e o tratamento crônico com glicocorticóides (GCs) freqüentemente conduzem à resistência esteroidal. Aqui, nós investigamos se a resistência aos GCs está associada com resistência a múltiplas drogas (MDR). Setenta e quatro pacientes com AR e 26 controles saudáveis fizeram parte deste estudo. Células mononucleares de sangue periférico foram isoladas e a sensibilidade das células T aos GCs foi avaliada in vitro. A atividade funcional da P-gp, uma molécula bombeadora que diminui as concentrações intracelulares de drogas por aumento do efluxo das drogas, foi avaliada em linfócitos periféricos bem como os polimorfismos do gene ABCB1/MDR1. Os pacientes mostraram aumento da proliferação de células T estimuladas e basais comparados com os controles. O envelhecimento significativamente reduziu a proliferação de células T somente no grupo controle. Pacientes e controles apresentaram sensibilidades semelhantes aos GCs. As células não estimuladas dos pacientes com meiaidade foram mais sensíveis a dexametasona que as dos sujeitos jovens ou idosos. Pacientes apresentaram uma maior porcentagem de linfócitos extruíndo rodamina 123 (Rh123dim) que os controles apesar da semelhante atividade da P-gp. A distribuição dos genótipos ABCB1 nos pacientes não diferiu significativamente dos controles. Estes dados sugerem que as células mononucleares de pacientes com AR sob tratamento com múltiplas drogas são plenamente responsivas aos GCs in vitro e apresentam maior extrusão de drogas apesar da função normal da P-gp.

ASSUNTO(S)

biologia celular artrite reumatÓide biologia molecular

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