Audiometria de tronco encefálico (abr): o uso do mascaramento na avaliação de indivíduos portadores de perda auditiva unilateral

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

A necessidade do mascaramento na avaliação da audição por meio da ABR ainda é um assunto consideravelmente debatido (Durrant & Ferraro, 2001). OBJETIVO: O presente estudo propôs investigar a necessidade do mascaramento contralateral, empregado na orelha normal, ao realizar a ABR em indivíduos portadores de perda auditiva neurossensorial unilateral. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo. MATERIAL E MÉTODO: A amostra constituiu-se de 22 indivíduos portadores de perda auditiva neurossensorial unilateral de grau profundo, sendo 10 do sexo feminino e 12 do sexo masculino, com idades variando entre 9 e 44 anos. Todos os indivíduos foram submetidos a: audiometria tonal liminar, logoaudiometria (SRT, IPRF e SDT), medidas de imitância acústica (incluindo a pesquisa dos reflexos acústicos - modo ipsilateral e contralateral) e audiometria de tronco encefálico na ausência e na presença do mascaramento. RESULTADOS: Todos os indivíduos apresentaram perda auditiva neurossensorial unilateral de grau profundo e curvas timpanométricas do tipo A bilateralmente. Na avaliação da ABR, 100% da amostra apresentou presença da Onda V na orelha comprometida, sendo que ao introduzir o mascaramento contralateral tais respostas não foram observadas. CONCLUSÕES: O mascaramento é um procedimento necessário para a avaliação da audição por meio da ABR em indivíduos portadores de perdas auditivas unilaterais, visando a obtenção de resultados fidedignos. Na ABR, a atenuação interaural para clicks foi maior (65 dB) do que a observada na audiometria tonal liminar, sendo necessário, portanto, uma menor intensidade de mascaramento para eliminar a resposta da via auditiva contralateral.

ASSUNTO(S)

audição audiometria de tronco encefálico mascaramento perda auditiva unilateral

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