Avaliação da composição corpórea e densidade mineral óssea em mulheres portadoras de artrite reumatóide
AUTOR(ES)
Silva, Raíssa Gomes da, Pippa, Maria Guadalupe Barbosa, Zerbin, Cristiano Augusto de Freitas
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-04
RESUMO
OBJETIVO: Analisar o comprometimento da densidade mineral óssea (DMO) e a sua correlação com a composição corporal em mulheres com AR. MÉTODOS: Oitenta e três pacientes com AR realizaram densitometria óssea (DXA) para análise de massa óssea total e regional, e estudo da composição corpórea (CC). Além disso, foram submetidas a radiografia lateral de coluna dorsal e lombar e exames laboratoriais. Foram aplicados questionários para avaliação da atividade da doença, classe funcional, atividade física e inquérito alimentar. RESULTADOS: A prevalência de osteoporose nas pacientes menopausadas foi de 21,4% (12 pacientes), 46,4% com osteopenia (26 pacientes) e 32,1% com valores normais (18 pacientes) e a osteoporose ocorreu de forma semelhante em coluna lombar e colo do fêmur. Mais da metade da amostra apresentou diminuição de DMO em coluna lombar e /ou colo do fêmur. As mulheres de raça não branca e as pré-menopausadas apresentaram maiores valores nas médias de DMO. A dose cumulativa de GC nos últimos dois anos foi determinante negativo na massa magra total. A idade teve efeito negativo nas medidas DMO e de CC. O IMC mostrou efeito positivo em todas as variáveis da CC. As classes funcionais 3 e 4 tiveram efeito negativo apenas na DMOT. A atividade física apresentou efeito positivo na DMOFT. A duração da AR teve efeito negativo na DMOCL. A dose de GC dos últimos três meses mostrou efeito negativo na MMT e a dose dos últimos dois anos teve efeito positivo no PGT. Por fim, o TEE teve efeito positivo no PGT. CONCLUSÃO: A redução da DMO observada em 67,8% das pacientes sugere a melhoria de medidas para a prevenção e tratamento de osteoporose a partir do diagnóstico desta doença. A idade e raça branca foram fatores negativos nas medidas de DMO, enquanto que o IMC foi um fator positivo em todas as variáveis de DMO e CC. A doença (AR) também influenciou negativamente a DMO nestas pacientes, e a utilização de GC modificou a CC, reduzindo a massa muscular e aumentando o percentual de gordura nestas pacientes. Embora não tenhamos evidenciado uma ação deletéria direta do GC na DMO, o seu uso deve ser criterioso. A preservação da massa muscular e o incentivo de seu desenvolvimento são importantes no equilíbrio das pacientes, com conseqüente diminuição de quedas e futuras fraturas.
ASSUNTO(S)
composição corpórea densidade mineral óssea artrite reumatóide osteoporose
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