Avaliação da função da MAGP1 na formação de neoíntima / Evaluation of MAGP1 function in neointima formation

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

As fibras elásticas são responsáveis por darem sustentação a tecidos, como artéria aorta, pele, pulmão. São compostas por dois componentes distintos, elastina e microfibrila, quando analisadas por microscopia eletrônica. Anteriormente, os pesquisadores acreditavam que a principal função da rede de microfibrila, composta principalmente de fibrilinas e MAGPs, era na formação das fibras elásticas. Mas, sabe-se hoje, que a rede de microfibrila também é essencial na sinalização molecular. As MAGPs são proteínas aparentemente importantes para a função estrutural das microfibrilas e seu desenvolvimento. Embora sua função biológica ainda não seja conhecida, muitos estudos têm demonstrado sua interação com várias moléculas in vitro, como as fibrilinas 1 e 2, tropoelastina, biglican, decorina e colágeno VI. Até o momento nenhuma patologia foi relacionada à deficiência ou mutações no gene da MAGP1. Entretanto, dados preliminares demonstram que camundongos deficientes em MAGP1, quando submetidos à angioplastia, desenvolvem mais neoíntima quando comparados com animais selvagens. O procedimento de angioplastia resulta muitas vezes no remodelamento vascular, levando a reestenose ou formação de neoíntima. Muitos estudos têm relacionado o TGF-ß com o processo de reestenose após angioplastia, justamente pelo fato desse fator de crescimento ser capaz de modular o desenvolvimento e remodelamento vascular. Levando em consideração dados recentes que demonstram que a MAGP1 tem a capacidade de interagir com o TGF-ß ativo, foi de nosso interesse tratar os camundongos deficientes em MAGP1 e selvagens com losartan (antagonista de TGF-ß) para verificar a função da MAGP1 e a possível participação de TGF-na formação de neoíntima. Os animais foram tratados com losartan ou placebo por 4 semanas e então submetidos ao ensaio de angioplastia, aferição da pressão sanguínea e dosagem de TGF-ß plasmático. Observou-se que todos os animais são normotensos e, que o tratamento com losartan resultou em uma redução na formação de neoíntima em comparação com os animais não tratados e que não houve diferença na formação de neoíntima entre os animais deficientes em MAGP1 comparados com selvagens. Não houve alteração dos níveis de TGF-ß total. Os dados sugerem que a MAGP1 parece não ser importante no processo de formação de neoíntima e que o tratamento com losartan é eficaz na redução da formação da neoíntima, sem alterar a pressão sanguínea e os níveis de TGF-ß

ASSUNTO(S)

glicoproteínas associadas a microfibrila-1 fator transformador de crescimento beta losartan neoíntima microfibril-associated glycoprotein-1 transforming growth factor beta losartan neointima

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