AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE E ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS PARA O CONTROLE DE PLUTELLA XYLOSTELLA (LEPIDOPTERA: PLUTELLIDAE). / ENZYME CHARACTERIZATION AND PATHOGENICITY OF ENTOMOGENOUS FUNGI ON PLUTELLA XYLOSTELLA (LEPIDOPTERA: PLUTELLIDAE).

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A traça-das-crucíferas tem causado grandes danos a produtores de couve e brócolis do município de Itabaiana-SE. O uso indiscriminado de agrotóxicos para o controle desta praga tem causado problemas quanto à resistência a determinados ingredientes ativos, além de comprometer a saúde dos aplicadores e o consumo dos produtos pela veiculação de resíduos desses produtos. Os fungos entomopatogênicos são uma alternativa de controle para a traça. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a patogenicidade de fungos entomopatogênicos sobre a traça-das-crucíferas (Plutella xylostella), observando sua interação com a quantificação e tipos de enzimas proteases produzidas pelos isolados. Foi realizado no Laboratório de Controle Biológico da Embrapa Tabuleiros Costeiros usando 9 isolados de Beauveria bassiana e 1 isolado de Paecilomyces fumosoroseus, provenientes de diferentes instituições para o controle da traça-das-crucíferas. Foi realizado um bioensaio, com os 10 isolados em uma mesma concentração (1x108 conídios/ml). Folhas de couve foram banhadas com a solução de conídios dos fungos e oferecidas como alimentação as lagartas. Análises da atividade enzimática de duas proteases degradadoras de cutícula, Pr1 e Pr2, enzimas relacionadas diretamente com o processo de infecção do inseto pelo patógeno foram realizadas no Laboratório de Enzimologia da Universidade Federal de Sergipe. Os isolados 447 e 1213 apresentaram as maiores médias de mortalidade, sendo o 447 o mais virulento. Não foi confirmada uma correlação entre patogenicidade e atividadade enzimática para os isolados de fungos entomopatogênicos estudados. Este resultado não contradiz a influencia da atividade enzimática no processo de infecção e patogenicidade destes microrganismos, porém, confirma o quanto é complexo o estudo desta relação na interação patógeno hospedeiro. Os períodos de avaliação de 96 e 144 horas apresentaram os maiores valores de atividade para as duas enzimas avaliadas, coincidindo com o período de maior número de lagartas mortas.

ASSUNTO(S)

beauveria bassiana proteases outros traça-das-crucíferas diamondback moth proteases beauveria bassiana

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