Avaliação da viabilidade do uso de córneas tectônicas em transplantes lamelares posteriores a partir da análise da vitalidade das células endoteliais
AUTOR(ES)
Silva, Rafaella Nascimento e, Sampaio, Lycia Maria Martins Pinho Pedral, Moriyama, Aline Silveira, Pereira, Nicolas Cesário, Lane, Mark, Silva, Hudson Vergennes da, Forseto, Adriana dos Santos
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar a vitalidade endotelial das córneas classificadas como tectônicas e discutir a viabilidade de seu uso na ceratoplastia lamelar posterior. Métodos: Realizou-se uma revisão retrospectiva de todos os tecidos corneanos preservados pelo Banco de Olhos Sorocaba de janeiro a abril de 2014. Todas as córneas doadas classificadas como tectônicas foram incluídas e avaliadas com ênfase na vitalidade endotelial. Os parâmetros de avaliação da lâmpada de fenda de cada córnea e densidade de células endoteliais medidos por microscópio especular foram registrados: córneas que apresentavam vitalidade endotelial apesar de alterações no estroma e/ou no epitélio foram selecionadas e incluídas em um grupo denominado grupo lamelar posterior. O tecido endotelial foi definido como saudável e viável para a ceratoplastia lamelar posterior, se houvesse uma densidade de células endoteliais ≥2.000 células/mm2. Outros parâmetros também foram analisados, incluindo; estrias ou pregas na Descemet, perda de células endoteliais, polimegatismo e pleomorfismo endotelial, pseudo-guttata e reflexividade endotelial. Resultados: Durante o período do estudo, foram preservadas 2.847 córneas, das quais 423 (14,85%) foram classificadas como tectônicas. Dessas, 87 (20,56%) apresentaram vitalidade endotelial e foram incluídos no grupo lamelar posterior. A densidade média das células endoteliais da córnea deste grupo era de 2.471 SD ± 256 células/mm2, variando de 2.012 a 2.967 células/mm2. Conclusão: Um número significativo de córneas classificadas como tectônicas apresentaram vitalidade endotelial e foram incluídas no grupo lamelar posterior (20,56%). Apesar de alterações estromais e/ou epiteliais, estas córneas poderiam ter sido potencialmente distribuídas para transplantes lamelares posteriores com finalidade ótica, otimizando a disponibilidade de tecidos, com impacto positivo na saúde pública.
ASSUNTO(S)
transplante de córnea bancos de olhos doadores de tecidos córnea obtenção de tecidos e órgãos
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