Avaliação do DNA genômico obtido de biópsias de boca embebidas em parafina e arquivadas por até 40 anos

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: O material fixado em formol e embebido em parafina constitui hoje a maior fonte de tecido humano arquivado. O DNA extraído de tecido parafinado por vezes não é adequado para as técnicas de biologia molecular, visto que se apresenta parcialmente degradado. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi verificar se tecido humano de boca parafinado e arquivado pelos últimos 40 anos pode ser usado para a reação em cadeia da polimerase (PCR). MÉTODOS: Amostras foram submetidas à técnica de extração de DNA pelo método do fenol-clorofórmio. Para quantificação e qualificação do DNA foram realizadas análise em espectrofotômetro, eletroforese em gel de agarose e amplificação pela técnica da PCR. RESULTADOS: Foi observada fraca correlação positiva entre a quantidade de DNA obtida e a idade das amostras. A eletroforese em gel de agarose demonstrou que a maioria do DNA obtido foi constituída de fragmentos pequenos. O fragmento de 268-pb do gene da beta-globina foi amplificado em 55% dos casos, preferencialmente nos casos mais recentes. O fragmento de 149-pb do gene WAF1 apresentou amplificação fraca, mas presente em 75% dos casos. O fragmento de 536-bp do gene da beta-globina foi detectado em somente 25% dos casos e também preferencialmente nos casos mais recentes. CONCLUSÕES: Esse estudo mostrou que, apesar de o DNA estar degradado, é possível usar DNA genômico extraído de tecido parafinado arquivado pelos últimos 40 anos em reações de PCR de produtos pequenos. A amplificação de produtos maiores, entretanto, é mais difícil.

ASSUNTO(S)

tecido parafinado dna pcr formol

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