AVALIAÇÃO DO ESTADO MICRONUTRICIONAL E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM IDOSOS / EVALUATION OF MICRONUTRITIONAL STATUS AND OF OXIDATIVE STRESS IN ELDERLY

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O aumento da expectativa de vida tornou o envelhecimento populacional um fenômeno global. O rápido crescimento da população idosa, principalmente em países em desenvolvimento, tem se tornado um problema de saúde pública. Apesar de o envelheci-mento ser um fenômeno complexo, o estresse oxidativo parece desempenhar um papel importante sobre este processo. Por outro lado, existem poucos estudos avaliando os níveis de antioxidantes da dieta, bem como, os marcadores do estresse oxidativo em idosos saudáveis. Estas informações podem ser úteis para entender o envolvimento do estresse oxidativo nas mudanças fisiopatológicas associadas ao envelhecimento humano, tanto em idosos institucionalizados como em idosos não institucionalizados. Neste estudo foram analisados marcadores do estresse oxidativo, como glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA), proteínas carboniladas (PCO), δ-aminolevulinato desidratase (ALA-D) e alguns micronutrientes da dieta como vitaminas C, E, B12 e folatos no sangue de idosas institucionalizadas (n= 45; 71 6 anos), em asilos públicos de Santa Maria, e idosas não institucionalizadas (n=22; 68 6 anos), pertencentes a grupos de terceira idade. Além disso, foi avaliado o estado nutricional, através das determinações de albumina, hemoglobina e do índice de massa corporal (IMC); o perfil lipídico; e o estado mental, verificado através do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Os níveis de vitamina C foram significativamente menores nas institucionalizadas, enquanto os níveis de vitamina E foram significativamente maiores neste grupo. Os níveis de folatos e vitamina B12 não mostraram diferenças significativas entre os grupos e uma baixa incidência de deficiência de ambas foi encontrada. Todas as vitaminas determinadas estavam dentro dos valores estabelecidos como de referência para adultos. GSH e PCO, não mostraram diferenças significativas entre os grupos, enquanto MDA e ALA-D foram significativamente aumentadas nas idosas não institucionalizadas. As idosas institucionalizadas tiveram pior desempenho cognitivo avaliado pelo MEEM, mostrando escores significativamente menores. Além disso, foi encontrada uma correlação positiva entre vitamina C com ALA-D; com albumina; com hemoglobina; e com MEEM; e entre folatos e MEEM. Foi encontrada correlação negativa entre vitamina E com PCO e com MDA; PCO com ALA-D e ALA-D com idade. Através dos resultados obtidos, sugere-se que os níveis de micronutrientes encontrados em nosso estudo, embora considerados normais para adultos, poderiam ser insuficientes para idosos. A vitamina C parece proteger algumas proteínas sanguíneas com grupos tiólicos como ALA-D e albumina, enquanto a vitamina E parece proteger estruturas lipídicas do ataque oxidativo. Em adição, as vitaminas C e os folatos parecem proteger contra perdas cognitivas em idosas. A atividade da ALA-D sangüínea mostrou ser um marcador útil para avaliação de estresse oxidativo em idosos.

ASSUNTO(S)

bioquimica oxidative stress avaliação micronutricional vitamins vitaminas envelhecimento micronutritional evaluation elderly aging idosos estresse oxidativo

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