Avaliação do farelo de coco e do farelo do resíduo de goiaba na alimentação de tilápia-do-nilo

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A presente pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: digestibilidade dos farelo de coco e de goiaba e o desempenho produtivo de alevinos de tilápia-do-nilo com diferentes níveis de inclusão de farelo de coco. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Avaliação Ponderal em Animais aquáticos (LaAqua), localizado no Departamento de Pesca e Aqüicultura da UFRPE, com o objetivo de estudar os subprodutos agroindustriais da região Nordeste: farelo de coco (FC) e farelo de resíduo de goiaba (FRG) na alimentação de tilápiado- nilo, avaliou-se a digestibilidade da matéria seca, da proteína e da energia do FC e do FRG e o desempenho produtivo de tilápia-do-nilo com níveis de 0, 15, 30 e 45% de inclusão de FC com base nas seguintes variáveis de: ganho de peso, conversão alimentar aparente, consumo de ração aparente, índice hepatossomático, índice de gordura viscero-somática, peso das vísceras e da viabilidade econômica das rações. No experimento de digestibilidade foram utilizados 75 alevinos de tilápia-do-nilo com peso médio inicial de 20,00 5,0g, durante um período de coleta de excretas de 25 dias. As rações foram fornecidas ad libitum (de 45 em 45 minutos) em pequenas porções, no período das 8:00 às 17:00h. As fezes foram coletadas por pipetagem direta no fundo dos aquários, onde, diariamente nos períodos da manhã e da tarde. Os aquários eram sinfonados para a retirada das fezes que ficavam depositadas no fundo dos mesmos e posteriormente armazenadas em um freezer à 0 C. Obtiveram-se os seguintes resultados de digestibilidade para MS, PB, EB, EDa e PDa do farelo de resíduo de goiaba: 43,36; 61,49; 64,24 %; 3601,03 kcal/kg e 6,89% e para o farelo de coco de: 60,36; 75,62; 37,10%; 1878,74 kcal e 15,60% para MS, PB, EB e para EDa e PDa, respectivamente. Para o experimento de desempenho, utilizou-se 144 alevinos, machos revertidos sexualmente, com peso médio inicial de 2,04 0,02g distribuídos em 24 aquários de 70 L, em um delineamento inteiramentecasualizado, com quatro tratamentos e seis repetições. Foram formuladas quatro ações isoenergéticas (3000 kcal/kg de energia digestível) e isoprotéicas (28% de proteína bruta), suplementadas com aminoácidos sintéticos, diferindo quanto aos níveis de inclusão do farelo de coco (0, 15, 30 e 45%). O período experimental foi de 75 dias, num sistema fechado de circulação de água. Não foram observadas diferenças quanto ao ganho de peso e consumo médio de ração, porém houve um efeito linear crescente na conversão alimentar aparente com o aumento dos níveis de farelo de coco, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos com 0 e 15% de inclusão de farelo de coco, de acordo com o teste de Tukey. Não obteve-se diferença estatisticamente significativa nos parâmetros anatomofisiológicos avaliados. Recomenda-se dessa forma, a ração com 15% de inclusão de farelo de coco.

ASSUNTO(S)

alimento alternativo desempenho performance nutrição alevino zootecnia oreochromis nile tilapia aqüicultura digestibility digestibilidade alternative feed nutrition

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