Avaliação morfológica e de biomarcadores em epitélio respiratório e olfatório de cães da cidade de São Paulo e sua relação com o índice de material particulado (PM10) no ar atmosférico / Morphologic evaluation of biomarkers in respiratory and olfactory epithelium of dogs of the city of São Paulo and its relation with the index of particulado material (PM10) in atmospheric air

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A poluição atmosférica interfere diretamente com a saúde populacional. Há evidências de que os animais de companhia representam sentinelas para fatores ambientais onde o homem e os demais animais estariam expostos. Animais podem ser usados como indicadores de poluição ambiental. O desenvolvimento industrial e urbano tem originado, em todo o mundo, um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. A complexa mistura de gases, partículas sólidas e substâncias químicas presentes no ar ("indoor" e "outdoor") podem gerar a genotoxicidade, levando as alterações citogenéticas, mutações ou produção de adutos de DNA. O trabalho tem o objetivo de avaliar moforlogicamente 36 cães coletando o epitélio olfatório e pulmonar de cães saudáveis oriundos das diferentes regiões da cidade de São Paulo (zona Leste, Oeste, Norte e Sul). Analisou-se ainda, a quebra do DNA pela técnica do teste do Cometa (Eletroforese em gel de célula isolada) e Micronúcleo, marcar o aduto 8´hydroxy 2´deoxyguanosine pelo teste do Elisa (Enzyme linked immunosorbent assay), associando-os com o índice de poluição atmosférica (PM10), fornecidos pela CETESB. Não houve resultado significante na avaliação feita em escore de 0 a 3 pelo exame histopatológico e não há relação entre o índice de Material particulado Atmosférico e a lesão de DNA pelo Teste do Cometa no epitélio olfatório. Não há correlação entre idade e a lesão de DNA pelo Teste do Cometa no epitélio olfatório e pelo epitélio pulmonar. Há correlação significativa entre o índice de Material particulado Atmosférico e a lesão de DNA no epitélio pulmonar pelo Teste do Cometa. A utilização do epitélio pulmonar em cães no teste do COMETA demonstrou resultado significante, podendo ser indicado como um bioindicador do ar atmosférico. Este projeto mostrou uma tendência da zona Sul ser uma região menos poluída, onde há menor alteração histopatológica pulmonar e menor lesão de DNA em cães comparada à outras regiões com maior índice de material particulado. O teste do Micronúcleo foi padronizado, porém não mostrou resultado significante. O teste Elisa teve resultados opostos ao teste Cometa, sugerindo sua relação com o índice de ozônio.

ASSUNTO(S)

biomarcadores poluição biomarkers dna (lesões) pollution dna (injury) são paulo (sp) cães dogs são paulo (sp)

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