Bacteriemia após exodontia unitária, empregando dois métodos de anti-sepsia intrabucal
AUTOR(ES)
ROCHA BARROS, Valdemar Mallet da, ITO, Izabel Yoko, AZEVEDO, Rosa Vitória P., MORELLO, Danielle, ROSATELI, Pedro Augusto, FILIPECKI, Lara Cappato
FONTE
Pesquisa Odontológica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-03
RESUMO
O objetivo do trabalho foi avaliar a freqüência de bacteriemias pós-exodontia utilizando dois métodos de anti-sepsia pré-operatória, identificando os microrganismos isolados de hemoculturas pós-extração e avaliando a sua suscetibilidade a antibióticos. Vinte e seis pacientes tiveram 33 dentes extraídos. Dezesseis casos foram submetidos a anti-sepsia com bochecho com 15 ml de gluconato de clorexidina a 0,12% por um minuto, seguido da fricção das faces dentais com cotonete embebido na mesma solução (método 1) e 17 à anti-sepsia com dois bochechos com 15 ml de cloreto de cetilpiridínio a 1:4.000 por um minuto, intercalados pela fricção das faces dentais com peróxido de hidrogênio a 3,0% (método 2). Previamente à extração dental e cerca de 1 a 3 minutos após a mesma, colhiam-se 5,0 ml de sangue que eram semeados em meios de cultura e incubados por 20 dias. As cepas provenientes de hemoculturas positivas foram identificadas e submetidas ao antibiograma. Do total de casos, 68,8% apresentaram hemocultura positiva para o método 1 e 70,6% para o método 2. Houve maior prevalência de Actinomyces nos dois métodos, seguido de Streptococcus, Staphylococcus e Peptostreptococcus. O maior índice de resistência aos antibióticos testados esteve relacionado à oxacilina, enquanto não foi observada nenhuma cepa resistente à amoxicilina ou à cefalotina. Conclui-se que a freqüência de bacteriemia pós-exodontia foi elevada, independentemente do método de anti-sepsia empregado, prevalecendo microrganismos anaeróbios, os quais foram mais suscetíveis a amoxicilina e a cefalotina.
ASSUNTO(S)
anti-sépticos bucais antibióticos
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