Bases microbiológicas para a terapia periodontal

AUTOR(ES)
FONTE

Journal of Applied Oral Science

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-12

RESUMO

A busca pelos agentes etiológicos das doenças periodontais iniciou na Época de Ouro da bacteriologia médica, quando os agentes de diversas infecções foram identificados. Após o entusiasmo inicial em estabelecer a natureza infecciosa da doença periodontal, este conceito foi ignorado por quatro décadas. Até o início dos anos 70, terapias baseadas na hipótese da placa não-específica focavam a redução da quantidade de placa. Posteriormente, a hipótese da placa específica determinou o papel de alguns microorganismos como A.actinomycetemcomitams, P.gingivalis, T.forsythensis, T.denticola , P.intermedia e F.nucleatum nas diferentes formas de doença periodontal. Recentemente, foi sugerido que estes patógenos periodontais não atuam isoladamente e interações entre espécies, como o equilíbrio entre bactérias patogênicas e benéficas afetam a progressão da doença e a resposta tecidual à terapia periodontal. Atualmente está bem estabelecido que um dos objetivos da terapia é o controle destes patógenos. Dentre as terapias mais freqüentemente utilizadas no tratamento da periodontite estão raspagem e alisamento radicular (RAR), controle da placa supragengival e cirurgias periodontais. Muitos estudos confirmaram a redução de espécies do "complexo vermelho" pela RAR, e mostraram que o retalho reposicionado apicalmente pode levar a um efeito benéfico adicional na microbiota subgengival pela diminuição nos níveis de espécies dos "complexos vermelho" e "laranja". Além disso, o controle de placa mantido pelos indivíduos é considerado determinante para a prevenção da recorrência de doença periodontal destrutiva.

ASSUNTO(S)

bactérias periodontite escovação dentária raspagem dentária procedimentos cirúrgicos

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