Biologia da polinização em orquideas nativas da região sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

Estudou-se a biologia da polinização em vários grupos de orquídeas nativas da região sudeste brasileira. De um modo geral, as orquídeas terrestres da tribo Cranichideae (localmente representada pelas subtribos Goodyerinae, Prescottinae e Spiranthinae) mostraram-se autocompatíveis, mas polinizador-dependentes. Relata-se pela primeira vez a ocorrência de protandria na subtribo Prescottinae (Prescottia stachyodes), bem como em algumas espécies nativas das subtribos Spiranthinae (Sauroglossum elatum) e Goodyerinae (Erythrodes arietina). Foi verificada a polinização por beija-flores em Stenorrhynchos lanceolatus (Spiranthinae). A polinização por mariposas foi documentada em Sauroglossum elatum (Spiranthinae), bem como em Prescottia plantaginea e Prescottia stachyodes (prescottinae). A polinização por abelhas foi documentada para algumas espécies dos gêneros Cyclopogon, Pelexia e Sarcoglottis (Spiranthinae), bem como para Aspigogyne longicornu, Erythrodes arietina (Goodyerinae) e Prescottia densiflora (prescottinae). Documentou-se. a polinização por mariposas e Tipulideos (Diptera) em Habenaria parviflora (Habenarinae). Esta ultima espécie mostrou-se também autocompatível, mas polinizador-dependente. Tanto em Habenaria parviflora quanto nas orquídeas da tribo Cranichideae estudadas, um conjunto de caracteres morfológicos (textura friável do polinário, superficies estigmáticas amplas) favorece a polinização cruzada. O estudo da interação entre abelhas Euglossini (Apidae) e orquídeas da subfamília Epidendroideae na região de Picinguaba (Litoral Norte do Estado de São Paulo), mostrou que as abelhas Euglossa (em particular do subgênero Glossura) são localmente mais importantes no que diz respeito a polinização de oprquídeas nativas

ASSUNTO(S)

polinização orquidea

Documentos Relacionados