Breast feeding and work / Amamentação em mulheres que trabalham: o não trabalho no trabalho

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Versa sobre as relações da mulher que trabalha com a amamentação culminando com uma pesquisa de campo que procura ouvir as muilheres em sua realidade objetiva, à parte da lógica sanitária e da lógica laboral. Objetivo- Avaliar as dificuldades e disponibilidade para amamentação em mulheres que trabalham através de suas representações sociais. Método- Foram pesquisados dois grupos de mulheres que trabalham com filhos entre 4 e 24 meses de idade, através de um questionário semi-estruturado gravado em fita-magnética. A partir das respostas, foram selecionadas as representações sociais das mães referentes aos diferentes tópicos das perguntas utilizando-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Em seqüência foram elaborados os Discursos do Sujeito Coletivo globais que, em seguida, foram divididos formando dois novos DSCs de acordo com os dois gurpo em questão. Resultados- foram entrevistadas 54 mulheres divididas entre menor e maior renda, sendo comparados os DSCs relativos a esses extratos. Os dados quantitativos mais significativos foram os que demonstraram que, quanto maior o nível profisional da mulher (executivas e profissionais liberais) mais cedo retorna ao trablaho (uma média de 3,3 e 3,5 meses após o parto). As semi-graduadas - que têm, normalmente, proteção legal (CLT) e cobertura das empresas, retornam após 5,4 meses. Já as não graduadas (trabalhadoras mais simples) retornam após 4,4meses em média. Com relação aos dados qualitativos os DSCs mais representativos foram: a) os que demonstraram a importância do trablaho na vida dessas mulheres. "trabalha por satisfação pessoal" 34,62%; "Não consegue imaginar a vida sem trabalho": 32,3% e b)como enxergam a amamentação: "Toda mulher tem que amamentar porque é bom para a saúde do bebê : 38,82%; "É complicado amamentar por causa dos horários das mamadas e distância do serviço": 25,29%; "Acha errado, um absurdo as mulheres que não amamentam seus filhos": 22,58%. Conclusões As mulheres entrevistadas têm uma boa noção sobre os valores da amamentação e são, em seus discursos, favoráveis a sua prática. Quanto ao trabalho, é encarado de forma intensa e satisfatória. Existe um reconhecimento das dificuldades em conciliar os dois papéis e, no caso de optar, acabam abrindo mão de uma amamentação mais plena ou prolongada.

ASSUNTO(S)

trabalho feminino amamentação breast feeding lógica sanitária working woman sanitary rationale

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