Características clínicas e acurácia do Exame Cognitivo Addenbrooke Versão revisada (ACE-R) em idosos com baixa escolaridade
AUTOR(ES)
Tavares Júnior, José Wagner Leonel; Braga Neto, Pedro; Bonfadini, Janine de Carvalho; Bittencourt, Lays; Lopes, Candida Helena; Mendes, Larissa; Siqueira Neto, José Ibiapina; Sousa, Valéria; Amaral, Anina; Carrilho, Carolina Gomes; Espindola, Jonatan Oliveira; Casali, Maria Eduarda Avancini; Veras, André Barciela; Alves, Gilberto Sousa
FONTE
J. bras. psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO Objetivo: Determinar a precisão diagnóstica do Exame Cognitivo de Addenbrooke (ACE-R) como uma ferramenta de triagem cognitiva para adultos idosos com baixos níveis de educação e envelhecimento saudável, MCI e demência no Brasil. Métodos: Os indivíduos submeteram-se à avaliação clínica e psiquiátrica e foi administrada uma versão validada da versão revisada da bateria cognitiva ACE-R (ACE-R). Resultados: Oitenta e cinco indivíduos foram avaliados, predominando as mulheres (84,7%, n = 72). Na análise post hoc, controles e CCL exibiram diferenças estatísticas nos escores globais do ACE-R (p < 0,001) e seus subdomínios, incluindo fluência verbal, linguagem, habilidades visuoespaciais e atenção (p < 0,001). A habilidade visuoespacial foi o item mais correlacionado com a escolaridade (r = 0,509, p < 0,001), enquanto a memória tardia, de recordação e reconhecimento não foi influenciada pela educação. A precisão do ACE-R produziu melhores resultados para CCL versus controles = 0,69 (<57,5; 80/66), demência versus controles = 0,98 (<50; 100/96), CCL versus demência = 0,86 (<49,5; 100/74). Conclusões: Os escores de ACE-R e MMSE para controles e CCL foram consideravelmente inferiores aos encontrados em estudos semelhantes. Resultados preliminares confirmam a necessidade de estudos brasileiros estabelecerem pontos de corte confiáveis para baterias cognitivas em idosos com baixa escolaridade e em risco de demência, reconhecendo variáveis ecológicas e regionais.
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