Características de homens e mulheres usuários de drogas injetáveis do Projeto AjUDE-Brasil II
AUTOR(ES)
Cintra, Ana Maria de Oliveira, Caiaffa, Waleska Teixeira, Mingoti, Sueli Aparecida
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-04
RESUMO
Este estudo teve como objetivo comparar homens e mulheres usuários de drogas injetáveis (UDIs) quanto ao perfil sócio-demográfico e aspectos da iniciação ao uso de droga injetável. Constou de estudo transversal, multicêntrico, realizado entre 2000/2001, em seis Programas de Redução de Danos brasileiros. Foram entrevistados 146 mulheres e 709 homens, com médias de idades de 29,5 e 28,3 anos, respectivamente. Ambos os grupos iniciaram o uso de drogas injetáveis com idades semelhantes, 18,6 e 19,3 anos, respectivamente para mulheres e homens, porém elas foram mais freqüentemente iniciadas por parceiros sexuais na obtenção da droga, seringas e no ato de injeção. Comparadas aos homens, mulheres relataram significativamente mais parcerias sexuais regulares (83% versus 72%); menos eventuais (39% versus 58%), maior uso de drogas injetáveis com seus parceiros, além da "troca" de sexo por drogas. Entre HIV-soropositivos, mulheres apresentaram menor escolaridade, tiveram mais chance de contar com a participação de parceiro sexual em sua iniciação com drogas injetáveis, além de relatarem mais freqüentemente parceiros sexuais que usavam esse tipo de droga. As mulheres UDIs apresentaram aspectos comportamentais sugestivos de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV do que os homens.
ASSUNTO(S)
uso indevido de drogas parenterais hiv síndrome de imunodeficiência adquirida redução do dano
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