Caracterização da Expressão dos Transportadores de Monocarboxilatos nos Tumores Estromais Gastrointestinais / Characterization of the monocarboxilation transporters in the gastrointestinal stromal tumors (GISTs).
AUTOR(ES)
Antonio Talvane Torres de Oliveira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Introdução: Tumores estromais gastrointestinais (GISTs) são principalmente encontrados no estômago e afetam , predominantemente, indivíduos acima dos 55 anos de idade. Sua origem é atribuída à célula intersticial de Cajal, ou à sua precursora denominada célula mesenquimal multipotencial (stem cell). Reações positivas para o CD117, um marcador para o gene KIT, tem sido descrita em mais de 95% dos GISTs e é agora reconhecido como a ferramenta de diagnóstico na identificação dos GISTs. Mutação oncogênica no gene KIT e, menos comumente no gene PDGFRA, são associadas com a carcinogênese do GIST e com resposta à terapêutica com IMATINIB. Pacientes com mutação no éxon 11 do gene KIT têm maior resposta à terapêutica com IMATINIB, maior sobrevida média e maior intervalo livre de doença. Células cancerosas são mantidas se reproduzindo, devido ao mecanismo glicolítico de sobrevivência do tumor. Consequentemente, o pH do estroma é baixo, enquanto o pH intracelular é normal ou elevado, sugerindo que existe um mecanismo de transporte de ácidos das células cancerosas para o microambiente externo tumoral. A família dos transportadores de monocarboxilatos (MCTs) tem uma participação fundamental no transporte de lactato, através da membrana plasmática e é, atualmente, associado com um fenótipo mais agressivo do tumor, sendo vistos como potenciais alvos terapêuticos. Objetivo: Avaliar a expressão imuno-histoquímica das isoformas 1, 2 e 4 dos transportadores de monocarboxilatos nos GISTs, de diferentes localizações, correlacionando-se suas expressões com as mutações que ocorrem nos GISTs (genes KIT, PDGFRA e BRAF) e com dados clínico-patológicos obtidos do prontuário. Métodos: Devido à agressividade do GIST, o papel dos MCTs (MCT1, MCT2 e MCT4) foi investigado em uma série bem caracterizada do ponto de vista imuno-histoquímico e molecular dos GISTs. Resultados: MCT1 e MCT2 são hiperexpressos em GISTs e o MCT1 está, sigificativamente, associado com persistência do tumor, assim como a sua proteína auxiliar denominada CD147, que associou-se significativamente com os casos considerados como de moderado e alto risco, segundo o índice de malignidade de Fletcher. Conclusão: Esses achados mostram que há uma relação direta entre progressão de GIST e mecanismos metabólicos glicolíticos, envolvendo os transportadores de monocarboxilatos.
ASSUNTO(S)
tumor estromal gastrointestinal kit rtk braf transportadores de monocarboxilatos. gastroenterologia kit rtk braf
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