Centros de autoacesso : uma proposta para currículo bilíngue : a função dos centros de autoacesso na aprendizagem de língua inglesa e no desenvolvimento da autonomia do aprendiz

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esta pesquisa analisa o processo do desenvolvimento da autonomia de três alunos da 4ª série do Ensino Fundamental de uma escola com currículo bilíngüe Português / Inglês. Baseando-se em princípios etnográficos, os dados foram gerados durante um trimestre letivo em que os alunos participantes freqüentaram, semanalmente, nas aulas de língua inglesa, centros de autoacesso. O objetivo das atividades nos centros de autoacesso era proporcionar a interação entre os alunos para a co-construção de diálogos, com ou sem a intervenção da professora, tendo em vista os conceitos de teoria sociocultural (Vygotsky, 1984) como mediação, internalização, Zona de Desenvolvimento Proximal e scaffolding, a partir da crença de que aprendizagem ocorre na performance (Swain & Lapkin, 1998) e princípios das perspectivas sociocultural I e II de autonomia propostas por Oxford (2003). Constam dentre os dados, observações e gravações transcritas dos momentos de autoacesso, sessões de visionamento das gravações em que os participantes estavam presentes, entrevistas com os pais desses alunos e ainda um diário mantido pela pesquisadora durante toda a geração de dados. Relato na análise quais foram os critérios utilizados por cada participante na escolha do centro a ser trabalhado e descrevo sua atuação dentro dos diferentes moldes de tarefas propostas em diferentes etapas, assim como seu papel no grupo durante a atividade. Por fim, trago dados acerca do background familiar e personalidade dentro e fora dos centros, obtidos nas entrevistas com os familiares. Os resultados mostraram que a partir de um objetivo comum na sala de aula, que é a aprendizagem de língua inglesa e mais especificamente a construção de diálogos, existe uma negociação de papéis (Lantolf, 2000).Há momentos em que aquele aluno mais experiente, através da interação, colaboração, imitação, experiência compartilhada e pistas, auxilia outros menos experientes e momentos em que ele é o auxiliado a fim de que aquilo que ele consegue fazer com o auxílio do outro em determinada etapa da atividade, consiga fazer com maior autonomia no futuro, levando-o a tornar-se um usuário mais autônomo de segunda língua e a tornar-se cada vez mais responsável pela busca de seu conhecimento.

ASSUNTO(S)

aquisição da linguagem lingüística aplicada bilingüismo língua portuguesa língua inglesa ensino de línguas ensino fundamental aprendizagem sociolingüística linguagem e línguas

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