Cinéticas de crescimento do ciclo da Leishmania (Leishmania) chagasi em cultura de células McCoy

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

Cinéticas de crescimento de Leishmania realizadas in vitro após a internalização da forma promastigota na célula e a ocorrência da transformação do parasito na forma amastigota foram descritas por vários autores, seja com a utilização de explantes de macrófagos em células de baço de hamster ou atualmente da célula de linhagem de macrófago humano U937. Aliando a microscopia à descrição das inter-relações morfológicas e à síntese de moléculas específicas foi possível esclarecer pontos sobre a biologia do parasito. O presente estudo mostra o acompanhamento do ciclo de crescimento da Leishmania chagasi em uma cinética realizada com células de linhagem McCoy, no período de 144 horas. Durante o processo, as transformações morfológicas foram reveladas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e as moléculas liberadas no meio extracelular foram observadas pelo método de SDS-PAGE, em intervalos de 24 horas no período de 144 horas. Observou-se que nas primeiras 72 horas, a forma promastigota da L. chagasi fica aderida à membrana das células com aspecto arredondado (amastigota-like). Em 96 horas as células infectadas apresentaram alterações morfológicas; em 120 horas, as células liberaram, para o meio extracelular, antígenos fluorescentes solúveis; e em 144 horas foram observadas novas formas alongadas dos parasitos como se fossem promastigotas. No SDS-PAGE, proteínas com pesos moleculares específicos são observadas em cada ponto da cinética, mostrando que a célula McCoy parece mimetizar o macrófago e que pode ser um modelo útil para o estudo da infecção do binômio leishmânia/célula.

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