Citogenética de café (Coffea L.)

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Plant Physiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-03

RESUMO

O gênero Coffea L., com cerca de 100 espécies nativas de regiões tropicais e subtropicais da África, tem as espécies Coffea arabica e C. canephora como comercialmente importantes. C. arabica é uma exceção no gênero por ser o único poliplóide natural com 2n=4x=44 cromossomos e autocompatível sendo considerado um alopoliplóide segmental devido à herança dissômica e comportamento meiótico regular. As demais espécies são diplóides autoincompatíveis com 2n=2x=22. Estudos citogenéticos em Coffea têm sido realizados, desde 1912, com diferentes finalidades. Os primeiros visaram apenas a contagem de cromossomos. Em seguida, estudos morfológicos em cromossomos somáticos com técnicas citológicas convencionais objetivaram a caracterização das diferentes espécies. Devido o fato dos cromossomos de café serem relativamente pequenos (1 - 3 µm), e morfologicamente simétricos, estes estudos revelaram cariótipos homogêneos entre as diferentes espécies. O melhoramento genético do cafeeiro, realizado através de hibridações interespecífcas envolvendo espécies selvagens diplóides, demandou estudos da microsporogênese, em espécies e híbridos, com vistas ao estabelecimento de relações de afinidade genética entre as mesmas. O mapeamento do padrão cromomérico, na fase de paquíteno, juntamente com o surgimento do bandeamento C e NOR, conduziu às primeiras tentativas de se diferenciar longitudinalmente os cromossomos de café, e resultaram em relativo sucesso. A partir de 1998 o bandeamento com os fluorocromos DAPI e CMA3 e aplicação da técnica de FISH, com sondas de rDNA, vêm incrementando a diferenciação dos cromossomos e a aplicação da técnica GISH, com sondas de DNA genômico total, confirmaram as espécies parentais de C. arabica.

ASSUNTO(S)

coffea caracterização cromossômica cariótipo comportamento meiótico padrão cromomérico bandeamento cromossômico citogenética molecular

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