Coloração vital com azul de metileno aplicada a tripomastigotas e epimastigotas de Trypanosoma cruzi

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

A identificação morfológica de Trypanosoma cruzi tem alta especificidade, segundo é geralmente aceito; entretanto, sua sensibilidade, dependente do volume da amostra examinada, é baixa. Formas evolutivas de T. cruzi suspensas em sangue, fezes de reduviídeos e meios de cultura são rotineiramente pesquisadas em esfregaços a fresco (cerca de 2 µL). Centrifugação de amostras de sangue a altas velocidades produz a separação do creme leucocitário, onde se concentram as formas tripomastigotas. Em preparações a fresco, a motilidade das formas tripomastigotas e epimastigotas de T. cruzi, protozoário transparente e incolor, facilita sua detecção. Laranja de acridina, corante vital fluorescente, tem sido usada para acentuar o contraste das imagens de parasitas. Disto é exemplo a técnica QBC (Quantitative Buffy Coat). A coloração por meio de azul de metileno (também um corante vital), de amostras de sangue, de fezes de reduviídeos ou de meios de cultura permite obter imagens nítidas e contrastadas de formas evolutivas de T. cruzi com ou sem motilidade. Microscópios de uso geral em laboratórios permitem o exame dos parasitas corados. Uma camada bem delgada de azul de metileno colocada sobre a parte central da lâmina limpa (por meio da evaporação de solução diluída do corante) é usada para corar as preparações a fresco. O aspecto dos parasitas corados em materiais frescos ou previamente fixados pode ser observado em fotomicrografias.

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