Comparação das artérias carótidas comuns direita e esquerda dos gêneros de equinos e muares por ultrassonografia bidimensional e Dopplerfluxométrico
AUTOR(ES)
Fogaça, Jéssica L.; Castiglioni, Maria Cristina R.; Vettorato, Michel C.; Silva, Jeana P.; Bueno, Laís M.C.; Filadelpho, André Luis; Puoli-Filho, José Nicolau P.; Machado, Vânia Maria V.
FONTE
Pesq. Vet. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-07
RESUMO
RESUMO: Na ultrassonografia, o modo bidimensional (modo B) permite a avaliação morfológica e morfométrica de vários tipos de órgãos e tecidos, enquanto o modo Doppler permite a avaliação hemodinâmica. Em humanos, a avaliação com Doppler é usada rotineiramente na avaliação de artérias e veias importantes, como as artérias carótidas e veias jugulares, com diferenças significativas entre gêneros e lados. No entanto, em medicina veterinária, este método diagnóstico ainda não está bem estabelecido na avaliação das artérias carótidas, com apenas poucos relatos em equinos domésticos. Este estudo tem como objetivo comparar as artérias carótidas comuns direita e esquerda de equinos e mulas domésticos, utilizando a avaliação bidimensional (modo B) e por ultrassonografia Doppler espectral. Avaliaram-se as artérias carótidas comuns de 10 equinos domésticos (cinco machos e cinco fêmeas) e 10 mulas (cinco machos e cinco fêmeas). As seguintes variáveis foram medidas em três porções diferentes (cranial, médio e caudal): diâmetro, espessura íntima-média (IMT), índice de resistividade (RI), índice de pulsatilidade (PI), pico de velocidade sistólica (pSV) e velocidade diastólica final (fDV). Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis bidimensionais (diâmetro e IMT) entre as artérias carótidas comuns de cavalos e muares, independentemente do gênero (p>0,05). No modo Doppler, não houve diferenças significativas entre os valores para carótidas em equinos machos e fêmeas (p>0,05). Nos muares, só foi possível observar diferenças entre os valores de RI e PI (p<0,05), sendo maiores no lado esquerdo (0,81 e 2,04 respectivamente), e o fDV (p<0,05) superior no lado direito (14,35) nos machos. Quanto as fêmeas, houve apenas no fDV (p<0,05), sendo o lado direito superior (23,16). Os diâmetros e IMT não diferem entre os lados em equinos e muares na ultrassonografia modo B. Já o Doppler espectral nos equinos não difere entre os lados, independentemente do gênero. Quanto aos muares, os machos diferenciam no IR, IP e fDV entre os lados, enquanto as fêmeas apenas para fDV.
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