Competitividade e renda agrícola : o caso da cadeia do etanol

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O Brasil é ator relevante no mercado mundial de produção e uso de biocombustíveis, pois desde a década de 1970 produz e utiliza o etanol como combustível e atualmente direciona esforços para consolidar a produção e o consumo do biodiesel. O discurso mundial no sentido de elevar o consumo de biocombustíveis tem despertado expectativas nos setores responsáveis por sua produção. E como estes setores são estruturados em forma de cadeias produtivas, a agricultura assume papel de destaque como fornecedora de matérias-primas. De outro lado, a literatura e as evidências apontam que ganhos de competitividade por parte dos produtos agrícolas geralmente são seguidos de perdas relativas de renda pelo produtor rural em favor dos setores situados à montante e à jusante do agronegócio. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo verificar a relação entre competitividade do etanol e a dinâmica da renda do produtor canavieiro. Inicialmente foi apresentado o referencial teórico que sustenta as análises desenvolvidas ao longo da pesquisa. Posteriormente foram realizados diagnósticos sobre a competitividade do etanol (anidro e hidratado) em relação à gasolina (A e C) e sobre a renda do produtor de cana-de-açúcar. Os resultados encontrados por meio destes diagnósticos sugerem que a competitividade do etanol encontra-se associada a quedas de renda por parte do setor canavieiro, e vice-versa. Estes resultados mostram a importância econômica do setor canavieiro o qual é responsável pela viabilidade do processo de expansão da oferta de etanol.

ASSUNTO(S)

competitividade competitiveness agricultural income renda agrícola ciencias agrarias ethanol etanol

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