Correlação de padrões histopatológicos de melanomas cutâneos com mutações BRAF
AUTOR(ES)
Jung, Juliana Elizabeth, Matias, Jorge Eduardo Fouto, Blödorn-Schlicht, Norbert, Falk, Thomas M., Böer, Almut
FONTE
Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: Mutações do gene BRAF localizado no cromossomo 7q são as mais frequentemente encontradas em melanomas cutâneos (60%-80%). O único estudo que correlacionou padrões histopatológicos de melanomas cutâneos com a presença de mutações BRAF foi realizado por Viros et al., em 2008, que observaram que características morfológicas de melanomas estavam associadas a mutações BRAF. OBJETIVOS: Correlacionar padrões histopatológicos de melanomas cutâneos com a presença de mutações BRAF, a fim de confirmar os achados de Viros et al. MÉTODOS: Espécimes em parafina de 20 casos de melanomas cutâneos primários com mutações BRAF e 20 casos sem mutações foram avaliados independentemente por dois dermatologistas sem o conhecimento da presença ou não das mutações. Os padrões analisados foram formação de "ninhos", circunscrição, presença de melanócitos isolados na lesão, tamanho e forma das células neoplásicas e pigmentação das células tumorais. RESULTADOS: A formação de "ninhos" foi a variável com o maior poder de determinação para melanomas com mutações BRAF para ambos os observadores (r = 0,46; p = 0,04). CONCLUSÃO: Não foi possível confirmar nenhum valor preditivo em relação ao status mutacional de um melanoma para os padrões histológicos circunscrição e presença de melanócitos isolados na lesão, bem como para características citológicas. Dificuldades na interpretação de alguns critérios histológicos foram demonstradas pela variação da concordância entre os observadores. É difícil afirmar se alterações genéticas como as mutações BRAF podem servir como biomarcadores para a classificação de melanomas.
ASSUNTO(S)
melanoma maligno proteínas proto-oncogênicas braf histolopatologia
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