Correlações nutricionais, metabólicas e cardiovasculares do cortisol matutino em profissionais da saúde de um Serviço de Gastroenterologia

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Contexto O estresse no ambiente de trabalho tem sido associado com obesidade. Peso corporal diminuído também tem sido relatado em algumas circunstâncias. Objetivo Numa casuística de profissionais da saúde, o cortisol matutino foi comparado com variáveis nutricionais e metabólicas, objetivando identificar as correlações de tal marcador. Métodos A população com n=185; 33,8 ± 9,8 anos; 88,1% mulheres, índice de massa corporal (IMC) 25.6 ± 4.4 kg/m2, incluía enfermeiros e outros funcionários nosocomiais, em sua maioria (75,2%) com nível sócio-econômico elevado. Os participantes foram estatrificados de acordo com IMC, glicemia de jejum, e síndrome metabólica. O cortisol de jejum e o escore Framingham de risco cardiovascular foram registrados. Resultados O cortisol médio era aceitável (19.4 ± 7.9 µg/dL), todavia com valores elevados em 21,6%. A glicemia de jejum e a síndrome metabólica não exibiram correlação, sendo que no tocante ao IMC, os não obesos (IMC <25) apresentaram o cortisol mais alto (P=0,049). Comparando-se os quartis superior e inferior do cortisol, confirmou-se o vínculo com o IMC e perímetro abdominal mais baixos, com escore Framingham de risco cardiovascular inalterado. Conclusão O cortisol alterado concentrou-se nos casos de IMC mais reduzido. A despeito do baixo IMC e perímetro abdominal, esta população não se beneficiou de escore de risco cardiovascular menor, sugerindo que, mesmo na ausência de obesidade, este grupo estava exposto a elevado risco cardiovascular, ao lado do estresse. Iniciativas direcionadas para melhor saúde organizacional e da equipe de profissionais, são recomendáveis no ambiente hospitalar.

ASSUNTO(S)

hidrocortisona doenças metabólicas obesidade pessoal de saúde esgotamento profissional

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