Crescimento e caracterização de monocristal supercondutor de Y1 Ba2 Cu3 O7-8

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

A preparação de monocristais de alta qualidade é importante para aplicações tecnológicas e o estudo das propriedades básicas dos supercondutores de alta Tc. A dificuldade de obtenção de monocristais de boa qualidade deve-se ao fato de que estes materiais são altamente reativos, causando contaminação nas amostras e as tornando inomogêneas. Utilizamos neste trabalho o método de crescimento e extração em fluxo de BaO-CuO para elaboração de monocristais de Y1Ba2CU3O7-d , onde a proporção utilizada de Y:Ba:Cu foi respectivamente 1 : 6: 18. Foram utilizados cadinhos de alumina e de ouro. Os monocristais crescidos em cadinho de alumina apresentaram contaminação por alumínio, o que dificultou a oxigenação das amostras. Após vários tratamentos térmicos, as amostras apresentavam uma transição magnética muito larga e um Tc de aproximadamente 80 K. Os monocristais crescidos em cadinho de ouro apresentaram propriedades comparáveis às melhores amostras descritas na literatura, com largura de transição menor que 1 K e Tc em torno de 92 K, sob campo H = 5 Oe aplicado paralelamente ao eixo c do cristal. A caracterização por raio-x e análise metalográfica confirmaram a pureza da fase. Através de curvas de magnetização DC versus temperatura (M x T), utilizando um magnetômetro SQUID, levantamos alinha de irreversibilidade (L.I.). Comparamos esta com a L.I. de uma amostra texturizada de Y1Ba2Cu3O7-d A L.I. ajustou-se muito bem à lei de potência do tipo B = a(1 - t)3/2 . Apresentamos também um estudo sobre fluxo magnético retido na amostra que aparece no ramo FCW da curva M x T. Associamos as oscilações que aparecem para baixos campos aplicados perpendicularmente ao eixo c do cristal a ancoramento intrínseco dos fluxóides. As curvas FCW para altos campos aplicados paralelamente ao eixo c do cristal apresentaram um ponto de mínimo que foi interpretado como sendo a mudança no perfil do gradiente de fluxo. Este ponto separa uma região onde predomina a entrada de fluxo de outra em que predomina a saída de fluxo da amostra. As curvas seguem muito bem uma lei de escala baseada no modelo de "creep" coletivo

ASSUNTO(S)

supercondutores do tipo ii supercondutividade

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