Determinantes do retardo no crescimento no Sul do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-10

RESUMO

Estudo transversal de base populacional sobre os determinantes do retardo no crescimento de crianças com menos de cinco anos (3.389), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, definido como índice altura/idade < -2 desvios-padrão do National Center for Health Statistics. Foi utilizado um modelo multivariado hierarquizado para ajustar o confundimento. A prevalência de retardo no crescimento foi de 6,8%. As crianças com maior prevalência tinham as seguintes características: renda per capita< 0,8 salário mínimo (RC: 3,95; IC95%: 2,10-7,42), mães sem escolaridade (RC: 17,17; IC95%: 4,43-66,54), moravam em casas de madeira ou mistas (RC: 2,33; IC95%: 1,35-4,01), inadequadas condições de moradia (RC: 2,75; IC95%: 1,70-4,43), idade materna ao nascimento < 20 anos (RC: 1,73; IC95%: 1,11-2,70), eram adotadas (RC: 3,28; IC95%: 1,52-7,07), terceira ou mais posição entre os irmãos (RC: 2,04; IC95%: 1,15-3,62), intervalo interpartal anterior (RC: 1,69; IC95%: 1,13-2,53) ou posterior < 24 meses (RC: 1,91; IC95%: 1,16-3,13), gêmeos (RC: 2,40; IC95%: 1,04-5,50), baixo peso ao nascer (RC: 3,79; IC95%: 2,38-6,02) e hospitalização no primeiro ano de vida (RC: 1,65; IC95%: 1,01-2,68). Essas características podem ser utilizadas pelos serviços básicos de saúde na prevenção de retardo no crescimento.

ASSUNTO(S)

retardo do crescimento desnutrição condições sociais

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