Development and calibration of a small evaporation pan / Desenvolvimento e calibração de um mini-tanque evaporimétrico

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo desenvolver e calibrar um mini-tanque evaporimétrico, comparando sua evaporação com o tanque classe A e sua capacidade de estimar a evapotranspiração de referência com a equação de Penman-Monteith. Este aparelho tem a finalidade de facilitar o controle da irrigação, não necessitando amostragens ou instalação de equipamentos a campo, reduzir custos de mão-de-obra e aquisição de aparelhos sofisticados. Também é intenção com este mini-tanque, não perder leitura em dias de chuva, como ocorre com o evaporímetro padrão (tanque classe A), facilitar seu manejo e alcançar estimativas mais próximas dos valores de evapotranspiração de referência calculadas através da equação padrão (Penman-Monteith). O desenvolvimento consistiu da comparação, com os padrões, de diferentes etapas em que usou-se diferentes alturas de borda, dreno e lâmina de água. A calibração deu-se pelo ajuste dos valores da evapotranspiração de referência, feita através da determinação dos coeficientes de tanque (Kpsm), confrontando-se os valores de evaporação do mini-tanque com a evapotranspiração de referência padrão. Os resultados obtidos mostram que não houve correlação significativa entre as variações das alturas característica dos mini-tanques e os desempenhos, expressados pelo coeficiente c, no que diz respeito à evaporação ou evapotranspiração. Quanto à capacidade do tanque SM estimar a precipitação ocorrida, pode-se correlacionar a melhora do seu desempenho com o aumento da borda. De modo geral pode-se considerar, em média, que na comparação com o tanque classe A, para médias qüinqüidiais, o conceito de desempenho como bom e para médias decendiais, como muito bom, de acordo com a classificação de CAMARGO &CENTELHAS (1997). Na comparação da evapotranspiração calculada pelo método do tanque SM com Penman-Monteith, também em média, pode-se considerar para médias qüinqüidiais um desempenho classificado como mediano e para decendiais, bom. No caso da estimativa da chuva, o desempenho passou de mediano à ótimo com o aumento da altura da borda. Os coeficientes de regressão - a e b - diferiram estatisticamente de seus parâmetros - zero e um tanto para a estimativa chuva como para a da evapotranspiração, indicando a necessidade de correção destes valores. Se consideradas as relações entre as evaporações do tanque SM e do classe A , estes coeficientes não diferem de zero e um para as médias decendiais, porém usando-se as qüinqüidiais, o coeficiente linear passa a diferir de zero. Para se fazer estas correções, no entanto, necessita-se de um maior número de dados para que se tenham valores mais confiáveis. Como conclusão tem-se que para os dados obtido o mini-tanque foi capaz de estimar bem as evaporações do tanque classe A e a precipitação ocorrida, e de forma razoável a evapotranspiração de referência, apesar da necessidade de correção dos valores. Além disso, pode-se concluir que as alturas características não influem nos valores da evaporação ou evapotranspiração, mas que têm correlação com a chuva. Sabe-se, porém que estes dados são parciais e que para inferir de forma definitiva sobre a eficácia deste aparelho, é necessário que se prolongue o experimento por mais alguns anos e que este seja instalado também em outros locais.

ASSUNTO(S)

calibração engenharia agrícola engenharia agricola tanque evaporimétrico irrigação evapotranspiração

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