Differences in Ca2+-management between the ventricle of two species of neotropical teleosts: the jeju, Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz, 1829), and the acara, Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824)
AUTOR(ES)
Costa, Monica Jones, Rantin, Francisco Tadeu, Kalinin, Ana Lúcia
FONTE
Neotropical Ichthyology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-09
RESUMO
O presente estudo analisou o papel fisiológico desempenhado pelo retículo sarcoplasmático (RS) de duas espécies de teleósteos neotropicais, o jeju, Hoplerythrinus unitaeniatus (Erythrinidae), e o acará, Geophagus brasiliensis (Cichlidae). Enquanto a frequência cardíaca registrada in vivo (fH - bpm) para o acará (79.6 ± 6.6) foi superior àquela observada para o jeju (50.3 ± 2.7), resposta inversa foi verificada para o inotropismo ventricular (Fc - mN/mm²) na frequência de estimulação de 12 bpm (acará = 28.66 ± 1.86 vs. jeju = 36.09 ± 1.67). Uma pausa diastólica de 5 min resultou em uma expressiva potenciação da Fc (≅ 90%) das tiras de jeju, a qual foi completamente abolida pela rianodina. A rianodina também resultou em um decréscimo de ≅ 20% na Fc desenvolvida pelas tiras de jeju tanto a frequências sub-fisiológicas (12 bpm) quanto fisiológicas (in vivo). No entanto, o decréscimo da Fc promovido pela rianodina foi completamente compensado pela adição de adrenalina (10-9 e 10-6 M). Em contraste, as tiras de acará foram irresponsivas à rianodina, independentemente da frequência de estimulação utilizada, fazendo com que a adição de adrenalina (10-9 e 10-6 M) resultasse em incrementos ainda maiores da Fc. Esses resultados reforçam a hipótese de que a funcionalidade do RS seja uma característica comum aos ostariofíseos neotropicais (como o jeju), enquanto nos acantopterígios (como o acará) esta organela parece ser funcional principalmente em espécies ativas.
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