Distrair-se do mundo é estar doente dos olhos : a impossibilidade do lógico em Jorge Luis Borges e Albreto Caeiro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este trabalho pretende traçar um paralelo entre dois autores, ambos inseridos na modernidade: Jorge Luis Borges e Fernando Pessoa, mais especificamente, entre o conto de Borges Funes, o memorioso e a obra O guardador de rebanhos, de Alberto Caeiro, um dos heterônimos pessoanos. Para tanto, lança mão de teorias formuladas inicialmente por Friedrich Nietzsche e retomados pelos pós-estruturalistas, em especial o francês Michel Foucault. Essas teorias dizem respeito ao lógico e à metafísica, melhor dizendo, à negação de ambas. Assim, o que tentamos foi mostrar como essa negação está representada nas duas obras analisadas, o que provoca, em ambas, a impossibilidade de surgimento do lógico. Tentamos, ainda, mostrar o contraste que há entre a postura do personagem central e a do narrador, no conto de Borges, e entre a postura de Alberto Caeiro e o processo racional que originou a heteronímia.

ASSUNTO(S)

borges, jorge luís, 1899-1986 metafísica caeiro, alberto

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