Efeito da acidificação esofágica na obstrução brônquica de pacientes asmáticos com refluxo gastroesofágico
AUTOR(ES)
Araujo, Ana Carla Sousa de, Aprile, Lílian Rose Otoboni, Terra Filho, João, Dantas, Roberto Oliveira, Martins, Milton Arruda, Vianna, Elcio Oliveira
FONTE
Jornal Brasileiro de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-02
RESUMO
INTRODUÇÃO: A relação entre asma e refluxo gastroesofágico permanece pouco compreendida. O reflexo vagal e a microaspiração estão entre os mecanismos propostos para explicar a piora da asma pelo refluxo gastroesofágico. OBJETIVO: Avaliar o volume expirado forçado no primeiro segundo após a acidificação esofágica. MÉTODO: O estudo investigou os efeitos da infusão ácida em treze voluntários portadores de asma moderada e refluxo gastroesofágico. Foram realizadas espirometrias antes e depois da inserção esofágica de uma sonda nasogástrica 8F e um cateter de pHmetria. Outras medidas de volume expirado forçado no primeiro segundo foram realizadas depois de quinze minutos de infusão de solução salina no ponto médio entre o esfíncter esofágico superior e o inferior, e depois de quinze minutos da acidificação esofágica, a cada cinco minutos mantida a acidificação, até a obtenção de um valor estável (variação < 5%). RESULTADOS: O volume expirado forçado no primeiro segundo (média do grupo) apresentou-se estável durante os procedimentos de sondagem, infusão de solução salina, infusão de ácido clorídrico e manutenção de ácido clorídrico (p = 0,72). Dois casos apresentaram queda do volume expirado forçado no primeiro segundo (de 11% e 22%) devida à sondagem, outros dois pela infusão de solução salina (13% e 14%) e um caso após a infusão ácida (de 22%). CONCLUSÃO: A acidificação esofágica por pequenos períodos não desencadeia alterações espirométricas num grupo de asmáticos com refluxo gastroesofágico. Entretanto, há casos em que a simples manipulação esofágica ou infusões causam broncoespasmo.
ASSUNTO(S)
asma refluxo gastroesofágico testes de função respiratória endoscopia
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