Efeito da aloína e do extrato do parênquima clorofiliano da Aloe barbadensis na viabilidade de células tumorais e na formação de vasos sanguíneos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Aloe barbadensis, uma espécie originária do continente africano adaptada no Brasil, possui diversas propriedades medicinais determinadas por metabólitos encontrados nos extratos dos parênquimas de reserva e clorofiliano. Este último é rico em antraquinonas, sendo constituído majoritariamente de aloína. No presente trabalho, foram estudados os efeitos do extrato do parênquima clorofilano (EPC) e da aloína sobre a viabilidade de células tumorais da linhagem B16F10 in vitro e a formação de vasos sangüíneos de embriões de Gallus domesticus in vivo. Na análise in vitro, células incubadas a 37C em atmosfera contendo 5% de CO2, foram tratadas em diferentes concentrações de aloína e de EPC. Tanto a aloína (0,01 a 230 g?mL-1) como o EPC (0,01 a 100 g?mL-1) reduziram a viabilidade das células tumorais. Os dados experimentais foram representados através de um modelo matemático, evidenciando que o EPC mostrou-se 2,3 vezes mais citotóxico para as células tumorais do que a aloína. Ao contrário do verificado sobre a atividade antitumoral, a aloína (10 a 320 g?mL-1) e o EPC (10 a 320 g?mL-1) estimularam de modo dose-dependente a vasculo/angiogênese na membrana vitelínica (MV) em 154 e 177% e a angiogênese na membrana corioalantóica (MC) em até 131 e 164%, respectivamente. Verificou-se ainda que o efeito da aloína e do EPC superaram o efeito do fator angiogênico FGFb na formação de vasos primordiais na MV (135%), sendo que para a angiogênese, na MC, apenas o EPC foi mais efetivo que o FGFb (164% versus 158%). Os tratamentos não modificaram o padrão de crescimento e a morfogênese dos embriões, com base nas medidas de comprimento total e percentual de comprimento cefálico de embriões com quatro dias de desenvolvimento. Os resultados demonstram que a aloína e o EPC exerceram efeito citotóxico especificamente nas células tumorais, mas promoveram atividade pró-vasculogênica e pró-angiogênica, superior a do fator angiogênico FGFb, sem qualquer evidência de embriotoxicidade. Com base nos resultados é possível concluir que o EPC e a substância isolada, sob estudo, mostraram concomitantemente um potencial efeito antitumoral e uma atividade estimulante em processos fisiológicos como a vascularização de tecidos normais.

ASSUNTO(S)

engenharia quimica melanoma aloe - uso terapêutico - avaliação neovascularização

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