Efeitos da estimulação temporária atrial direita na prevenção da fibrilação atrial no pós-operatório de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar os efeitos da estimulação atrial direita temporária na prevenção da fibrilação atrial no pósoperatório de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea e identificar os fatores de risco para o aparecimento dessa arritmia. MÉTODO: Estudamos 160 pacientes que, ao término da cirurgia de revascularização miocárdica, submeteram-se ao implante de eletrodos epicárdicos na parede lateral do átrio direito e foram randomizados em grupos não-estimulado (NE) e grupo com estímulo atrial direito (AD). O ritmo cardíaco foi monitorizado durante as 72 horas seguintes ao término da operação e as variáveis estudadas foram: a incidência de fibrilação atrial, os fatores de risco pré, intra e pós-operatórios para o seu aparecimento e eventos pósoperatórios. Resultados: Foram detectados 21 (13,1%) episódios de fibrilação atrial, sendo 20 no grupo NE e um no grupo submetido à estimulação do átrio direito (AD). O risco relativo para o desenvolvimento de fibrilação atrial foi de 0,18 (IC 95%= 0,05-0,60) para o grupo AD quando comparado ao grupo NE. A regressão logística identificou que as variáveis idade mais jovem, uso de beta-bloqueador no pré-operatório e presença da estimulação atrial direita estiveram associadas a uma menor razão de chances (odds ratio) para o surgimento de fibrilação atrial no pós-operatório. CONCLUSÕES: A estimulação atrial direita temporária reduziu a incidência de fibrilação atrial pós-operatória. A idade avançada e a não estimulação atrial foram fatores preditivos independentes para a ocorrência dessa arritmia.

ASSUNTO(S)

estimulação cardíaca artificial fibrilação atrial revascularização miocárdica complicações pósoperatórias circulação extracorpórea

Documentos Relacionados