Eletrencefalograma interictal: sensibilidade no diagnóstico de crises epilépticas na infância
AUTOR(ES)
Rego, Raquel, Liberalesso, Paulo Breno Noronha, Spinosa, Mônica Jaques, Vieira, Simone Carreiro, Olmos, Alaídes S. Fojo, Löhr Júnior, Alfredo
FONTE
Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Estima-se que mais de 10 milhões de crianças sejam portadoras de epilepsia em todo o mundo e o EEG é o exame mais utilizado na investigação destes pacientes. O objetivo deste estudo foi analisar a sensibilidade do EEG em demonstrar anormalidades em crianças com suspeita clínica de crise epiléptica. METODOLOGIA: Dos 970 laudos de EEG realizados entre abril de 2005 e agosto de 2006 no Hospital Infantil Pequeno Príncipe, Curitiba, PR, Brasil, 692 enquadravam-se na metodologia proposta (suspeita clínica de crise epiléptica após avaliação de neurologista infantil). Os EEGs foram realizados em equipamento digital, com duração mínima de 20 minutos e eletrodos posicionados segundo o Sistema Internacional 10-20. Foram excluídos os recém nascidos. RESULTADOS: Idade variou entre 30 dias de vida e 16,5 anos (média de 6,4 anos e mediana de 4,1 anos), sendo 403 do sexo feminino (58,2%). Dos 692 EEGs incluídos no estudo, 281 eram alterados, dos quais 96 (34,2%) apresentaram anormalidades da atividade de base (desorganização e/ou assimetria) e 185 (65,8%) paroxismos epileptiformes. A sensibilidade do EEG foi de 40,6%. Descargas de onda aguda ocorreram em 77 casos (41,6%), espícula em 21 (11,4%), polispícula em 14 (7,6%), espícula-onda em 17 (9,2%), polispícula-onda em 24 (13,0%) e exames com descargas com mais de uma morfologia em 32 (17,3%). CONCLUSÕES: Nossos dados reforçam o conceito de que embora o diagnóstico da epilepsia seja clínico e baseado em dados semiológicos das crises epilépticas, o EEG tem boa sensibilidade quando adequadamente indicado.
ASSUNTO(S)
eletrencefalograma epilepsia crises epilépticas
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