Empatia, relação médico-paciente e formação em medicina: um olhar qualitativo
AUTOR(ES)
Costa, Fabrício Donizete da, Azevedo, Renata Cruz Soares de
FONTE
Revista Brasileira de Educação Médica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
A Relação Médico-Paciente (RMP) vai além do encontro situacional entre esses dois intérpretes, algo maior do que fazer perguntas e exames físicos, receitar medicamentos e prescrever condutas. Estudos sugerem que a RMP mescla habilidades técnicas e pessoais. Frente ao dissabor de atuações médicas homogeneizantes que ignoram a pessoalidade intrínseca de cada vivente, a empatia surge de forma prática na RMP para promover grandes avanços diametralmente opostos a estas práticas. Empatia, no contexto médico, remete à sensibilização do médico pelas mudanças sentidas e refletidas, momento a momento, pelo paciente. Talvez a empatia encontre seu significado mais compreensível na célebre frase de Ambroise Paré: "curar ocasionalmente, aliviar frequentemente e consolar sempre". Considerando que a empatia pode enriquecer a prática médica, pode-se cogitar a possibilidade de ensinar a ser empá tico ou discutir a importância da empatia sob a ótica de docentes do curso de Medicina. Para isto, este artigo aborda, de maneira qualitativa, a empatia e sua importância na RMP para a formação de novos médicos numa universidade pública e discute sua transmissibilidade.
ASSUNTO(S)
empatia relação médico-paciente educação médica pesquisa qualitativa
Documentos Relacionados
- Relação médico-paciente
- A relação médico-paciente na graduação de medicina: avaliação de necessidades para a educação médica
- Da dessacralização à profanação da medicina: a trajetória do diálogo médico-paciente
- Avaliação da Relação Médico-Paciente em Alunos Internos de um Curso de Medicina
- Empatia e comunicação na relação medico-paciente : uma semiologia autopoietica do vinculo