Estrutura e composição ao longo de um gradiente sucessional de Floresta de Terras Baixas no sul do Brasil
AUTOR(ES)
Marques, Márcia C.M., Zwiener, Victor P., Ramos, Fernando M., Borgo, Marília, Marques, Renato
FONTE
Biota Neotrop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
30/09/2014
RESUMO
As Florestas de Terras Baixas constituem um dos ecossistemas mais perturbados e frágeis no bioma Mata Atlântica, mas ainda pouco se sabe sobre sua trajetória sucessional e resiliência. Foram avaliadas alterações na composição de espécies e a estrutura florestal do dossel e sub-bosque ao longo de um gradiente sucessional (floresta jovem-21 anos, floresta imatura-34 anos, floresta madura-59 anos) com o objetivo de verificar as mudanças na composição de espécies e a trajetória sucessional de diferentes estratos destas florestas secundárias. Uma parcela de 0,1 ha (dez sub-parcelas de 10x10 m) foi estabelecida em cada floresta, amostrando-se árvores e arbustos com um diâmetro è altura do peito (DAP) ≥ 4,8 cm (dossel) e para indivíduos com altura > 1 m e DAP < 4,8 cm (sub-bosque). Um total de 3.619 indivíduos de 82 espécies de plantas foram amostrados. O gradiente sucessional foi marcado por um aumento unidirecional na riqueza de espécies com o tempo, e um padrão bidirecional de mudanças de densidade (aumentando da floresta jovem para a imatura e diminuindo da imatura para a madura). As assembléias de plantas eram distintas nas três florestas e nos dois estratos; espécies indicadoras foram pouco compartilhadas entre as florestas. Portanto, cada estádio da cronosequência e cada estrato representam uma comunidade única de plantas. Nossos resultados sugerem pouca previsibilidade das assembleias de plantas destas florestas secundárias, mas uma recuperação relativamente rápida da estrutura da floresta.
ASSUNTO(S)
cronossequência dossel mata atlântica restinga sub-bosque
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