Estudo associativo entre fatores de risco cardiovascular e genótipos de 11 mediadores inflamatórios independentes controlado para ancestralidade genômica em amostra de mulheres idosas brasileiras / Associative study between cardiovascular risk factors and genotypes of 11 independent inflamatory mediators controlled for genomic ancestry in Brazilian older women / Associative study between cardiovascular risk factors and genotypes of 11 independent inflamatory mediators controlled for genomic ancestry in Brazilian older women / Estudo associativo entre fatores de risco cardiovascular e genótipos de 11 mediadores inflamatórios independentes controlado para ancestralidade genômica em amostra de mulheres idosas brasileiras
AUTOR(ES)
Alause da Silva Pires
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Objetivo: Investigar a associação entre genótipos de mediadores inflamatórios e o estado de saúde de mulheres idosas expresso por fatores de risco cardiovascular clássicos na população brasileira. Materiais e métodos: Estudo transversal com amostra de conveniência constituída por 259 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, do sexo feminino, residentes em comunidade. Foram realizados os seguintes procedimentos: avaliação clínica das pacientes; extração do DNA genômico; amplificação deste DNA em multiplex por meio da reação em cadeia da polimerase e genotipagem por ensaio de extensão de única base (sistema SNaPshot) para obtenção de genótipos de genes imunológicos e de marcadores informativos de ancestralidade. Resultados: Segundo o critério IDF (International Diabetes Federation, 2005), 62,5% das pacientes podem ser consideradas portadoras de síndrome metabólica (SM). Com a utilização de 14 marcadores informativos de ancestralidade, estimou-se uma maior contribuição parental européia (55,5%), seguida por africana (24,3%) e ameríndia (20,2%). Análises paramétricas com as variáveis que caracterizam a SM controladas para ancestralidade mostraram que apenas os níveis médios de triglicerídeos são influenciados pela ancestralidade africana (p= 0,048) e ameríndia (p= 0,008), mas nenhuma associação desta variável lipêmica com os genótipos de mediadores inflamatórios investigados foi observada. Nenhuma correção adicional foi realizada para ancestralidade genômica. Análises paramétricas para estas mesmas variáveis controladas para o índice de massa corporal mostraram que indivíduos A/A para o polimorfismo na posição +1188A/C do gene IL-12B apresentaram valor médio de circunferência abdominal (CA) superior ao exibido pelo conjunto dos demais genótipos (p= 0,05), enquanto portadores do alelo A mostraram níveis médios mais acentuados de glicemia de jejum (p= 0,038). Portadores do alelo G para o polimorfismo -174C/G do gene de IL-6 apresentaram valores médios de CA (p= 0,041) e de glicemia de jejum (p= 0,032) superiores aos dos homozigotos C/C. Indivíduos A/A para o polimorfismo -1082 G/A do gene de IL-10 apresentaram valores médios de HDL colesterol inferiores quando comparados àqueles portadores do alelo G (p= 0,025). Discussão: A amostra caracterizou-se como portadora de elevada prevalência de fatores de risco clássicos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Acreditamos que o alelo A do gene de IL-12B e o alelo G do gene de IL-6 estão associados com maior expressão basal de seus respectivos mediadores, e conseqüente elevação dos valores de circunferência abdominal e glicemia de jejum na casuística. Ademais, o alelo A do gene de IL-10 pode estar associado com menor nível sérico do mediador, o que por sua vez promove diminuição do HDL colesterol. Conclusão: Polimorfismos sobre os genes IL-12B, IL-6 e IL-10 produzem perfis alélicos independentes, porém igualmente predisponentes a um estado pró-inflamatório basal, que apresentam-se associados com perfil metabólico e clínico mais desfavorável para a saúde cardiovascular.
ASSUNTO(S)
doenças cardíacas polymorphisms fatores de risco cardiovascular citocinas. il-12. il-6. il-10 avaliação de riscos de saúde - mulheres idosas polimorfismo (genética) medicina il-12. il-6. il-10 cardiovascular risks factors citokynes
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1261Documentos Relacionados
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