Estudo da relação da pressão liquorica do canal raquimedular e intracraniana em pacientes portadores de craniossinostose
AUTOR(ES)
Celso Luiz Buzzo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
Há aproximadamente 10 anos desenvolvemos nosso trabalho clínico e cirúrgico no Hospital da Sobrapar, temos tido a oportunidadede acompanhar um grande número de pacientes portadores de craniossinostose, doença altamente complexa que necessita de acompanhamento multidisciplina comum pessoal altamente qualificado. Denomina-se craniossinostose o conjunto de anomalias que apresentam ossificação prematura das suturas dos ossos do crânio e da face. Este distúrbio pode ocorrer de forma parcial ou completa, como pode também comprometer uma ou mais suturas. O grau de comprometimento e as suturas envolvidas manifestam-se nas mais variadas formas clínicas, podendo comprimir o cérebro, impedindo seu crescimento, o que denominamos de cranioestenose,ocasionando efeitos de letérios sobre o sistema nervoso central. Estas formas, às vezes bizarras, que o crânio assume,já eram há muito conhecidas,tendo sido descritas por Hipócrates na antiguidade. O objetivo deste estudo é avaliar a correlação entre a pressão do líquor no interior do canal raquimedular e a pressão do crânio, no pré-operatório imediato à craniectomia descompressiva. Haja vista as dificuldades técnicas e controvérsias encontradas na literatura,com relação à indicação cirúrgica para descompressão do encéfalo,e havendo a possibilidade de se saber o valor da pressão intracraniana comum a simples punção lombar, através da medida direta da pressão dentro do canal raquimedular,tal fato faciltiaria na indicação do procedimento cirúrgico. Foram operados 10 pacientes com cranioestenose, sendo registradas medidas da pressão liquórica por punção lombar e por trepanação do crânio, momentos antes de se proceder à craniectomia descompressiva. Após análise estatística dos resultados,observamos haver correlação significativa entre as pressões do líquor no canal raquimedular e intracraniana nos pacientes com cranioestenose, possibilitando-nos diagnosticar e quantificar a pressão intracraniana, sem a necessidadede uma trepanação no crânio.
ASSUNTO(S)
cranio - anomalias e deformidades craniossinostose cranio - cirurgia
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000349574Documentos Relacionados
- Pseudomigrânea com pleocitose liquórica: monitorização intermitente da pressão intracraniana. Relato de caso
- Influência da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana em pacientes com traumatismo craniencefálico grave
- Hipotensão intracraniana secundária a fístula liquórica espinhal espontânea
- Indicações da punção liquórica nos portadores de sífilis
- Mensuração da pressão intracraniana e desfechos em curto prazo de pacientes com lesão encefálica traumática: uma análise de propensão pareada