Estudo de obtenÃÃo de Ãgua do processo de desidrataÃÃo da gipsita na produÃÃo de gesso
AUTOR(ES)
Danilo MaranhÃo de Farias Santana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
No PÃlo Gesseiro do Araripe, Semi-Ãrido Pernambucano, popularmente chamado de sertÃo, estÃo instalados cerca de 100 fÃbricas de produÃÃo de gesso que produzem em torno de 600 mil toneladas de gesso/ano, que representa 85% da produÃÃo nacional. AlÃm disto, estÃo em processo de exploraÃÃo 47 minas de Gipsita, matÃria-prima para produÃÃo de gesso. Outras localidades de produÃÃo de gesso, menor escala sÃo: SÃo Paulo (35 mil toneladas, 5%), Rio de Janeiro (40 mil toneladas, 6%), Cearà (31 mil toneladas, 4%), de acordo com o sumÃrio mineral do Departamento Nacional de ProduÃÃo Mineral â DNPM [1]. A gipsita (CaSO4.2H2O) à um mineral abundante em rochas sedimentares e como tal existem jazidas por muitos paÃses do mundo. à o principal mineral formador de rochas de camada massiva, usualmente formada pela precipitaÃÃo de Ãguas salinas. Basicamente, tem a composiÃÃo estequiomÃtrica mÃdia de 32,5% de CaO, 46,6%de SO3 e 20,9% de H2O, em peso. Quando a gipsita à calcinada à temperatura entre 150 C e 180 C, a gipsita desidrata-se parcialmente, originando um hemihidrato conhecido comercialmente como gesso (CaSO4.1/2H2O). Em termos de massa/peso, representa entre 14% e 16% de Ãgua combinada a ser desidratada. Portanto, considerando o caso do PÃlo Gesseiro do Araripe, caso fosse possÃvel condensar todo vapor de Ãgua liberado no processo de calcinaÃÃo de gipsita, terÃamos anualmente uma produÃÃo de 110 milhÃes de litros de Ãgua. Para o SemiÃrido, este volume de Ãgua tem valor de significada importÃncia, uma vez que a parcela significativa de Ãgua subterrÃnea à Ãgua salobra[2]. Com finalidade de garantir a ampliaÃÃo da oferta de Ãgua para ao semi-Ãrido brasileiro, com a promoÃÃo do uso racional desse recurso de tal modo que sua escassez relativa nÃo venha constituir impedimento ao desenvolvimento sustentÃvel da regiÃo. Neste contexto, o objetivo da presente dissertaÃÃo foi desenvolver um estudo sistemÃtico visando obtenÃÃo da Ãgua condensada do processo. AlÃm da realizaÃÃo de estudos microestruturais e anÃlise tÃrmica das amostras de gipsita e gesso coletados do PÃlo Gesseiro do Araripe, As tÃcnicas de difraÃÃo de raios-X (XRD), espectroscopia de infravermelho, anÃlise tÃrmica (TG/TDA) e anÃlise quÃmica por fluorescÃncia de raios-X, sÃo tÃcnicas complementares para conhecer melhor a matÃria-prima e no controle de qualidade do produto final no processo de calcinaÃÃo no PÃlo Gesseiro. No estudo de condensaÃÃo, verificou-se quanto maior a temperatura de desidrataÃÃo, maior a velocidade de liberaÃÃo do vapor de Ãgua da gipsita. As desidrataÃÃes realizadas a temperaturas inferiores a 180 ÂC produzem 10,9%, que esta associada à formaÃÃo de Gesso β, para um determinado perÃodo de tempo. A partir de 180ÂC, produz da ordem de 12,5% de Ãgua. AtravÃs do estudo de TG/TDA valor prÃximo dos 13,22% de Ãgua obtida. Ademais quanto menor o tamanho da partÃcula da gipsita maior a cinÃtica de liberaÃÃo de vapor de Ãgua
ASSUNTO(S)
gesso â produÃÃo gipsita â desidrataÃÃo drenagem de aguas residuarias mechanical engineer gypsum â dehydrated plaster â production engenharia mecÃnica
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