Exposição à radiação ionizante na sala de hemodinâmica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

INTRODUÇÃO: Com a evolução tecnológica e o crescimento da cardiologia intervencionista, os níveis de exposição aos raios X dos pacientes e da equipe técnica assim como o número de procedimentos de cateterismo têm aumentado consideravelmente. Isso tem impacto no inerente risco de exposição à radiação ionizante, ainda subestimado por muitos. Os níveis dessa exposição necessitam de mensuração e correção periódicas. Nosso objetivo foi investigar e aferir os níveis de radiação ionizante emitida por equipamentos de cinefluoroscopia. MÉTODOS: Foram realizados ensaios técnicos para avaliar a taxa de kerma no ar de 8 equipamentos de hemodinâmica. RESULTADOS: Apenas 2 (25%) dos 8 equipamentos apresentavam dosimetria dentro dos limites máximos de segurança. A média das doses foi 65% maior nos equipamentos com tecnologia flat detector. Após aplicação da manutenção supervisionada, verificou-se diminuição média de 42% nos valores dosimétricos. Todos os equipamentos foram aprovados nos ensaios de resolução espacial de alto e baixo contrastes, e a qualidade da imagem foi corroborada pela equipe médica. CONCLUSÕES: A maioria dos equipamentos analisados apresentava dosimetria acima dos limites máximos de segurança, particularmente com a tecnologia flat detector. Essas distorções foram corrigidas com medidas de supervisão simples, sem prejuízo à qualidade da imagem. Nossos resultados ressaltam a necessidade de criação de programas institucionais de qualidade visando à manutenção regular dos equipamentos e à incorporação criteriosa de novas tecnologias no intuito de minimizar os potenciais efeitos deletérios da radiação ionizante, promovendo maior segurança e economia.

ASSUNTO(S)

proteção radiológica fluoroscopia raios x

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